segunda-feira, 30 de maio de 2011

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - 3° TRIMESTRE/2011

A Lição Bíblica da CPAD do 3º Trimestre/2011 terá como tema "A Missão Integral da Igreja - Porque o Reino de Deus está entre vós". O comentarista será o pastor Wagner Tadeu Gaby.

Os assuntos semanais serão:

1. O Projeto Original do Reino de Deus
2. A Mensagem do Reino de Deus
3. A Vida do Novo Convertido
4. A Comissão Cultural e a Grande Comissão
5. O Reino de Deus Através da Igreja
6. A Eficácia do Testemunho Cristão
7. A Beleza do Serviço Cristão
8. Igreja - Agente Transformador da Sociedade
9. Preservando a Identidade da Igreja
10. A Atuação Social da Igreja
11. A Influência Cultural da Igreja
12. A Integridade da Doutrina Cristã
13. A Plenitude do Reino de Deus

REFLEXÕES TEOLÓGICAS: O GENUÍNO CULTO PENTECOSTAL – Lição 8

REFLEXÕES TEOLÓGICAS: O GENUÍNO CULTO PENTECOSTAL – Lição 8

REFLEXÕES TEOLÓGICAS: A PUREZA DO MOVIMENTO PENTECOSTAL- Lição 9

REFLEXÕES TEOLÓGICAS: A PUREZA DO MOVIMENTO PENTECOSTAL- Lição 9

quarta-feira, 11 de maio de 2011

SUBSÍDIO LIÇÃO 07 - E B D 2011/2

LIÇÃO 07 - OS DONS DE PODER

A igreja é uma instituição organizada e dirigida por seres humanos, porém, o que a diferencia das demais instituições e sociedades humanas é a sua origem divina. A igreja cristã foi fundada pelo próprio Jesus e Inaugurada no Dia de Pentecostes. O Senhor Jesus pediu ao aos primeiros discípulos que não se ausentassem de Jerusalém até que ocorresse o evento de Pentecostes, pois, tal experiência seria indispensável para que igreja pudesse realizar a sua missão. O poder espiritual é a marca distintiva da igreja de Cristo. O poder dado a igreja a partir da experiência pentecostal não ficou limitada aos primeiros cristãos, não existe nenhuma fundamentação bíblica para defendermos tal idéia. Os milagres operados pelos primeiros discípulos causaram grande impacto em todos lugares que a igreja alcançou nos primeiros séculos da era cristã. Os dons que aqui são destacados como “dons poder”, se referem aquelas manifestações que proporcionam soluções imediatas para situações aparentemente insolúveis, causando grande espanto e admiração por parte daqueles que presenciam tal acontecimento. Apesar da realidade contemporânea dos milagres, temos presenciado muita dificuldade nesse aspecto, pois, o misticismo e a necessidade das pessoas tem promovido uma busca doentia por experiências sobrenaturais que proporcionem prazer e bem estar pessoal. Por causa disso surgiram muitos mercenários que viram nessa fome do sobrenatural, um “mercado” muito promissor. O dom da cura tem sido o “carro chefe” da industria da fé para criar o seu marketing promocional, com o propósito de atrair os incautos e explorá-los financeiramente. Por que é que nenhuma igreja ou nenhum grande “homem de Deus” faz movimentos milagreiros sem pedir dinheiro?. Em nenhum momento encontramos Jesus, depois de ter realizado algum milagre, pedindo dinheiro as pessoas. Nos dias de hoje é muito raro, se porventura existir, alguém agindo como fez Eliseu diante do General Naamã após ter realizado um grande milagre, ao curar a lepra do general da Assíria. Naamã quis recompensar Eliseu pelo milagre que acabara de receber, porém, Eliseu recusou veementemente. Todavia, o auxiliar de Eliseu, Geazi foi atrás do General e fez o resgate de alguns presentes, por isso ele foi severamente punido. Infelizmente, na atualidade, o ministério de Eliseu foi ofuscado pelo ministério de Geazi, a maioria pensa como Geazi, pensam que podem tirar proveito das manifestações poderosas do Espírito. Porém, com relação a isso, eu descanso na Palavra do Senhor, pois, ninguém ficará impune, assim como Geazi que recebeu a devida recompensa. Paulo registrou em Gálatas 6.7 “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará”. No meu entendimento, essas pessoas que simulam milagres são piores do que aqueles que se declaram ateus. Muita gente se declara ateu por causa de uma formação inadequada, uma experiência traumática ou até por falta de conhecimento aprofundado do Evangelho. Mas, esses mercenários, vendedores de milagres, têm conhecimento do evangelho e até mesmo de Deus, porém, decidiram amar mais a si mesmos, e para ter uma vida de regalias, conforme a soberba de seus corações, escolheram brincar com a esperança das pessoas e com o sublime poder do Espírito Santo.


O DOM DA FÉ – Quase todos os que escreveram sobre os dons se referem ao dom da fé como o de “fé especial”. A razão para isto é que o dom da fé difere da fé salvadora e da fé cristã normal, sem a qual “é impossível agradar a Deus” (Hb 11.6). Toda a fé é semelhante em sua natureza, mas o dom de fé especial difere das outras em grau e aplicação. O dom da fé é visto na operação da cura do coxo na porta do templo, registrada em Atos 3. Pedro teve a fé milagrosa para ordenar ao coxo que se levantasse e andasse em nome de Jesus. Donald Gee escreve, com respeito a esta fé. “Ela parecia vir sobre certos servos de Deus em tempos de crise ou oportunidade especial com tal poder que eles são tirados da esfera da fé natural ou comum em Deus e recebem uma certeza divina em suas almas que triunfa sobre tudo.” Jesus talvez estivesse descrevendo essa qualidade de fé quando disse aos seus discípulos: “Tende fé em Deus” (Mc 11.22). O grego de Marcos 11.22 diz literalmente: “Tenham a fé que Deus tem”. Jesus sugeriu no versículo seguinte que com esta fé divinamente concedida é possível dizer a um monte: “Ergue-te e lança-te no mar” e isso acontecerá. O monte simbolizava qualquer obstáculo aparentemente impossível para a missão da igreja.

DONS DE CURAR – Embora seja inferido que todos os “espirituais” são charismata (dons), o termo é na verdade associado somente a estes dons de curas. No grego, ambos os termos, “dons” e “curas”, são plurais. Esse fato pode sugerir que existem muitos dons de cura para diferentes moléstias, ou que cada exercício do poder de cura é um dom separado. A maioria dos evangelistas e pastores que tiveram grandes ministérios de oração pelos doentes afirmaram não possuir dons de cura. Ninguém teve certamente um ministério de cura para todas as pessoas doentes. Jesus curou todos os que se aproximaram dele em certas ocasiões, mas foi limitado em outras pela falta de fé por parte do povo (Mt 13.58). Do que temos certeza é que Deus fez provisão para que a cura física fosse um ministério da sua igreja e que os dons de cura iriam operar juntamente com a fé. A cura e tão comum no ministério de Jesus e no dos apóstolos que uma igreja sem o dom de “curas” pareceria bastante afastada do padrão bíblico. Além dos dons de cura, todos os presbíteros (pastores) devem estar prontos a ungir com óleo todos os doentes que pedirem e orar por eles através da oração de fé. Deus prometeu levantar o enfermo e perdoar seus pecados (Tg 5.14-16). Na grande comissão registrada por Marcos (Mc 16.15-18), Jesus prometeu que sinais seguiriam os ministérios que dessem testemunho do evangelho da salvação. Um dos sinais seria que os doentes iriam restabelecer-se após a imposição de mãos dos crentes. Enquanto durasse a pregação a cada criatura, os sinais seguiriam os que cressem, inclusive o da cura milagrosa dos doentes. A cláusula “aqueles que crêem” sugere que os sinais ou “dons” não deveriam ser exercidos pelos apóstolos apenas, mas por todos os que tivessem fé. No mandamento e promessa de Jesus, a “imposição de mãos” deveria ser a expressão externa da fé e amor por parte dos que orassem e mostraria que Deus usa os crentes fiéis como um canal do seu poder. A unção com óleo, segundo Tiago, cap. 5, também envolvia a imposição de mãos, com o óleo simbolizando a obra do Espírito Santo. Quando Jesus enviou os doze discípulos para ministrar, eles, segundo Marcos, “curavam numerosos enfermos, ungindo-os com óleo” (Mc 6.13). O crente é o veiculo do poder, mas a cura é obra do Espírito.

O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS – A operação de milagres é a tradução do energemata dunameon, que é literalmente interpretado como “operação de poderes sobrenaturais”. Como acontece com os “dons de curas”, ambos os termos são plurais. Este não é um dom que torna a pessoa um “milagreiro”. Ao que parece, de acordo com a pluralidade das expressões, cada milagre ou manifestação sobrenatural de poder é operado através de alguém com o dom da fé (veja Mt 17.20; 21.20-22). O que é um milagre? “Um evento ou ação que contradiz aparentemente as leis cientificas conhecidas, sendo portanto julgado proveniente de causas sobrenaturais, especialmente de um ato de Deus.” No Novo Testamento, os eventos de origem sobrenatural são chamados “milagres, prodígios, sinais” (At 2.22; 2.43; 6.8; 8.13;Hb 2.4). Os termos gregos traduzidos como “milagres, prodígios e sinais” são dunameis, terata e semeia. Eles significam literalmente “eventos do poder divino”, “eventos que produzem admiração” e “eventos que significam algo” (sobre Deus ou suas obras). É interessante notar que o termo “prodígio” jamais é empregado sozinho, mas sempre associado ao termo “sinal”. Deus não manifesta o seu poder só para causar admiração, Ele sempre tem um propósito ou ensina alguma coisa com os seus milagres: “...dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres, e por distribuições do Espírito Santo segundo a sua vontade”. (Hb 2.4). Exemplos de milagres são: a libertação sobrenatural da prisão (At 5.18-20;12.5-10; 16.23-30);a cegueira de Elimas, o mágico (At 13.8-12); o transporte instantâneo de Filipe de Gaza para Azoto (At 8.39,40); a ressurreição de Dorcas (At 9.36-42) e de Êutico (At 20.9-12); e o fato de Paulo ter removido do braço uma víbora venenosa sem ser mordido (At 28.3-5). A cura dos doentes e a expulsão de espíritos demoníacos podem ser classificados como dons de milagres quando o sinal tem grande valor, como por exemplo, no caso de Paulo em Éfeso, em que resultou uma enorme conquista de almas. “E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas e os espíritos malignos se retiravam” (At 19.11,12); e no caso de Pedro em Jerusalém, quando só a sua sombra caindo sobre os enfermos já produzia cura (At 5.12-15).

Fonte: Blog REFLEXÕES TEOLÓGICAS, Pastor Vicente de Paula - Recife - PE


SUBSÍDIO LIÇÃO 06 - E B D 2011

LIÇÃO 06  - DONS QUE MANIFESTAM A SABEDORIA DE DEUS.

A partir de um entendimento superficial e literal do tema proposto, poderíamos afirmar que todos os dons manifestam a sabedoria e o poder de Deus, todavia, o título da lição se propõe discorrer sobre um grupo de dons que estão diretamente relacionados com a ciência de Deus, isto é, a infinita sabedoria do Eterno Deus, a qual é capaz de perscrutar todas as coisas, nada pode ficar em oculto diante Dele. Quando paramos para refletir sobre a excelência da Sabedoria de Deus ficamos totalmente deslumbrados e sem expressões para definirmos a dimensão e profundidade tal ciência. Foi desta forma que o apóstolo Paulo se sentiu quando em dado momento esteve refletindo sobre a infinita sabedoria do Ser Divino,encheu-se de admiração e então fez a seguinte exclamação: “O profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!” (Rm 11.33). Diante da infinitude do saber de Deus nos sentimos extremamente limitados e passamos a compreender que ninguém pode questionar os projetos de Deus. Quando o ser humano aponta alguma incoerência nas atitudes do Senhor é porque sabedoria finita do homem muitas vezes não consegue alcançar a elevada sabedoria de Deus, isso foi categoricamente afirmado pelo profeta Isaías, quando ele nos diz: “Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.” (Isaías 55.9). A partir de I Corintios 12 podemos enfatizar que o dom da palavra de sabedoria, o dom da palavra de conhecimento e o dom de discernimento de espíritos são os dons que operam exclusivamente no campo da sabedoria divina.


A PALAVRA DA SABEDORIA – Este não é o dom de sabedoria em geral, mas o dom de uma “palavra de sabedoria”.Todavia, em si mesmo, não é necessariamente um dom vocal. “Palavra” (logos) é definida como “conceito”, “idéia”, “ditado”, “assunto em pauta”, “razão”, “narrativa” ou “doutrina”. Se a idéia de “pronunciamento” estivesse em foco, a palavra grega rhema teria sido provavelmente usada em vez de logos. Em conjunto com a profecia, a “palavra de sabedoria” poderia funcionar como dom vocal. É provável que seja este o dom que operou em Estevão em Atos 6.10: “E não podiam sobrepor-se à sabedoria e ao Espírito com que falava”. Atos 15 registra a primeira reunião da igreja apostólica para resolver uma disputa. A conclusão a que chegaram é expressa como segue: “Pois pareceu bem ao Espírito Santo e nós não vos impor maior encargo além destas cousas essenciais...” (At 15.28). O pensamento do Espírito Santo foi provavelmente transmitido aos apóstolos por uma “palavra de sabedoria”. Embora “sabedoria” tenha muitos significados, usada em contraste com “conhecimento” talvez signifique um critério de “conduta ou ato prático”. Na vida da igreja local há circunstâncias em que decisões importantes precisam ser tomadas quanto a um curso de ação. A operação de Deus de uma “palavra de sabedoria” pode fornecer a orientação do Espírito (I Co 2.13-16).

PALAVRA DA CIÊNCIA OU DO CONHECIMENTO – Este dom de uma palavra do conhecimento pode estar contido na declaração de Paulo em I Co 1.15: “...porque em tudo fostes enriquecidos nele, em toda palavra e em todo conhecimento...” Se a “palavra de sabedoria” dá percepção à igreja para uma ação prática, a “palavra do conhecimento” deve trazer à luz os princípios da doutrina que formam a base para essa ação. Este dom pode levar a verdade bíblica à atenção da igreja, ou revelar fatos necessários para nova ação. Paulo estava seguro de que o conhecimento espiritual operava na igreja quando disse: “E certo estou, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso respeito, de que estais possuídos de bondade, cheios de todo o conhecimento, aptos para vos admoestardes uns aos outros” (Rm 15.14). João provavelmente exerceu o dom de uma palavra do conhecimento para discernir as condições espirituais das sete igrejas às quais escreveu em Apocalipse 2 e 3. Esses dons da palavra de sabedoria e palavra de conhecimento são para guiar a igreja no sentido do conhecimento e ação, e não para orientação pessoal. Silas era um profeta, mas não há registro de que tivesse dado instruções a Paulo em suas decisões. Quando Paulo não sabia para onde ir em Trôade, Deus deu-lhe a visão de um homem da Macedônia chamando-o para pregar na Grécia; Silas, porém, estava com ele na ocasião. Os dons são dados para exortar, edificar, e consolar a igreja reunida. Os dons de revelação estão em harmonia com a Palavra de Deus, jamais contradizendo seus ensinamentos, pois a Palavra inspirada é chamada de “mais confirmada palavra profética” (2 Pe 1.19).

DOM DE DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS – “Discernimento de espíritos” vem do grego diakriseis pneumaton. O termo grego deakreisis é definido como “discernir”, “discriminar” ou “distinguir”. A forma verbal é usada em Hebreus 5.14: “Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal”. Paulo emprega várias vezes o verbo em I Corintios; em 6.5 ele emprega para indagar se eles não tinham ninguém “que possa julgar no meio da irmandade?” (quando a quem tinha razão). Em 11.29 Paulo usa a palavra para repreender os irmãos de Corinto que não haviam discernido o corpo do Senhor (discernindo o significado do pão da comunhão para a saúde e cura do corpo). Evidentemente, o dom de discernir espíritos é a capacidade de discernir a fonte de uma manifestação espiritual, se é o Espírito Santo, um mau espírito, ou simplesmente o espírito humano. Em Corintios 14.29, Paulo diz: “Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem (discernir – diakrino). “Isto parece insinuar que alguém com o dom de discernimento deveria estar presente ao ser usado o dom de profecia. Ao que tudo indica, o dom de discernimento em Corinto era tão comum quanto o de profecia “...e os outros (plural) julguem (discirnam). “Todos os crentes cheios do Espírito, são até certo ponto, capazes de julgar operações de dons vocais no sentido de serem ou não espiritualmente edificados para o corpo. O exercício de dons não é infalível; se um pronunciamento (profecia ou interpretação de línguas) não for recebido, o orador não deve ficar ofendido ou negar-se a aprender, mas deve orar humildemente pedindo maior sensibilidade ao Espírito e mais sabedoria no uso de seu dom. Por outro lado, os crentes devem atender à advertência de Paulo em I Tessalonicenses 5.19,20: “Não apagueis o Espírito. Não desprezeis profecias." O ensino bíblico cuidadoso sobre os dons espirituais evitará manifestações imaturas e mal-orientadas, de um lado; e medo, desconfiança e o apagar do Espírito, de outro. Deve ser notado que o dom de “discernimento de espíritos” não é o de julgar as pessoas, mas sim o espírito por trás da manifestação, se é santo, maligno ou humano.

Um conhecimento aprofundado sobre o que a Bíblia ensina no tocante aos dons espirituais é suficiente para capacitar os cristãos para julgar e descartar muitas das falsas manifestações nessa área. Nas igrejas pentecostais não faltam aqueles que buscam destaque na comunidade, destacando-se como pessoa carismática, que fala de forma objetiva com Deus, conhece os mistérios de Deus de uma forma especial, isto é, que está constantemente em contato com o sobrenatural, tendo sempre alguma revelação para pronunciar. Todavia, os admiradores e seguidores dessas pessoas, são aqueles cristãos que não lêem bíblia e geralmente não submissos as lideranças da igreja. A experiência tem nos mostrado que essas tentativas de imitar e manipular os dons que manifestam a sabedoria de Deus, tem sido muito doloroso, tanto para aqueles que assim fazem, como para aqueles que passam a dar crédito a essas mentiras.


Fonte: Pastor Vicente de Paula - Recife - Pe em Blog REFLEXÕES TEOLÓGICAS

SUBSÍDIOS LIÇÃO 05 - E B D 2011

LIÇÃO 05  - A IMPORTÂNCIA DOS DONS ESPIRITUAIS

A igreja pode ser comparada a um grande exército celestial que foi levantado por meio da obra da expiação realizada pelo Senhor Jesus Cristo. Paulo ensina em Efésios 6.12 “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”. Essas palavras expressam com muita objetividade que as batalhas enfrentadas pela igreja de Cristo acontecem em outro plano, em outra dimensão, isto é na esfera espiritual, onde as armas deste mundo não possuem nenhuma eficácia, pois, Paulo também diz: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas;” II Co 10.4. A partir desses textos podemos inferir que é os dons espirituais são os instrumentos indispensáveis com os quais Deus equipou a igreja para que ela possa enfrentar os seus inimigos invisíveis. Dons não devem ser encarados como propriedades individuais, pois eles são exclusivamente da igreja que o corpo de Cristo aqui nesse mundo. Os dons não podem ser utilizados para a promoção de homens, instituições ou qualquer outra coisa. Os dons são as armas poderosas que Deus entregou a sua igreja para garantir a existência da mesma como agente do Reino de Deus aqui na terra, pois o próprio Jesus já havia profetizado que as “as portas do inferno não hão de prevalecer contra a minha igreja”.

O texto referência para começarmos a tratar desse tema é I Co 12.4-7, no qual Paulo ensina: “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil” . O objetivo do apóstolo é enfatizar que, mesmo os dons sendo diversos há um só Doador. Ele afirma esta verdade três vezes, cada vez relacionando os dons a uma outra Pessoa da Trindade (“O mesmo Espírito”, “o mesmo Senhor”, “o mesmo Deus”). Ele também usa três palavra diferentes para os dons. Primeiro (v.4) eles são charismata, dons da graça de Depois, (v. 5) eles são diakonial, maneiras de servir. Em terceiro lugar, (v.6) eles são energemata, energias, atividades ou poderes, que o mesmo Deus energiza” ou “inspira” (energon) em todos. E há “diversidade” ou “porções” (diareseis) de cada grupo. Juntando estas três palavras talvez possamos definir dons espirituais como “certas capacidades, concedidas pela graça e poder de Deus, que habilitam pessoas para serviços específicos e correspondentes”. Um dom espiritual é, portanto, não a capacidade em si, nem um ministério ou função propriamente dito, mas a capacidade que qualifica uma pessoa para um ministério. Em termos simples, ele pode ser considerado, ou o dom e o trabalho em que é exercido, ou o trabalho e o dom com que é exercido.

O interesse de alguns Cristãos parece estar limitado principalmente a três dons, que são “línguas, profecias e curas”. Entretanto, é óbvio que há mais dons do que este trio empolgante. Existe muita ênfase em torno dos “Nove dons do Espírito” conforme a primeira lista, que está registrada no início de I Corintios 12, porém, a maioria dos estudiosos concordam que é um grande equívoco restringir os dons espirituais tão somente a esta relação, pois, no final desse mesmo capítulo temos uma outra lista, apesar da mesma conter também nove dons, somente cinco destes coincidem com a primeira. De forma que mesmo em I Corintios são pelo menos 13 dons. Depois há uma lista de sete dons em Romanos 12 ( dos quais cinco não ocorrem em nenhuma lista de I Co 12) e outra lista, de cinco dons em Éfesios 4 (dos quais 4 são novos), além de outros dois dons citados em I Pedro 4, um dos quais (“Se alguém fala) ainda não recebera menção específica antes. Ao compararmos as listas, nem sempre está claro quais dons são idênticos, mas é verdade que, no conjunto, o Novo Testamento faça referência a vinte ou mais dons diferentes. A grande importância dos dons espirituais se baseia no fato que eles foram estabelecidos com a finalidade de Edificar a igreja. Se a prática dos dons não edificar o corpo, eles não tem valor. “Assim também vós, visto que desejais dons espirituais, procurai progredir, para a edificação da igreja” (I Co 14.12). “Seja feito para edificação” (I Co 12.26b). As palavras “edificar” e “proveito” (ou variações) são usadas dez vezes em I Coríntios com respeito à operação dos dons espirituais. Dons são concedidos com o propósito de proporcionar proveito e edificação espirituais para todo o corpo. Se um dom é exercido sem amor, ou simplesmente como exibição pessoal, um sino de ouro se transforma em um címbalo de bronze que retine.

OS DONS VERBAIS SÃO GERALMENTE OS MAIS PRATICADOS
O Dom línguas é sem dúvida um “dogma “ no meio pentecostal devido ao fato de que a maioria das denominações do ramo interpretam que o mesmo é a porta de entrada para o recebimento dos demais dons, tornando-se o dom que confere a “credencial pentecostal”, pois a própria chamada ministerial está atrelada a esse pré-requisito. Ao meu ver essa condição tem promovido uma busca doentia (que proporciona muita simulação) por parte de uma grande maioria daqueles que almejam o ministério nesses meios pentecostais. O dom de profecia, o qual tem sido também entendido de uma forma muito superficial, é amplamente praticado. A facilidade encontrada na exploração desses dons é devido a existência de uma grande tendência para o fenomenalismo e a busca mística que proporcione a experiência sensitiva, o que tem sido a tônica em muitas denominações pentecostais. Apesar de crer na contemporaneidade dos dons aqui citados, me preocupo muito com a possibilidade do grande de índice de simulação que existe hoje nesse aspecto, e mais preocupante ainda é a total incapacidade das lideranças em apresentar um outro dom, que no meu entendimento, seria o antídoto para esse veneno, que é “dom de discernimento”. Parece que alguns dons têm ficado no esquecimento, pois, falamos pouco e quase não os desejamos, penso, que talvez tais dons não se identifiquem ou até sejam conflitantes com os interesses predominantes na classe eclesiástica da atualidade. Creio que a falta do “dom de discernimento” explica as contradições vividas pela igreja atual. Em nenhuma outra época a igreja evangélica foi tão inclinada a absorção de heresias. Discursos distanciados da fé bíblica estão sendo recepcionados com muita facilidade. Líderes descomprometidos com a ortodoxia se apropriam dessas heresias, com o propósito de atingir suas audaciosas metas pessoais, e lamentavelmente, multidões se deixam levar pelo discurso inflamado, por falsas promessas, por fundamentos distorcidos da verdade e sem nenhum discernimento alimentam e fortalecem as estruturas da ambição dos “popstars” do Evangelho. Também encontramos pregadores, escritores, que para se manterem no topo da evidência estão ensinando heresias, alguns ousadamente tentando fazer fissuras em doutrinas ortodoxas, como a plenitude da humanidade de Cristo, ou ainda pastores que se declaram abertamente a favor da união homossexual. Mesmo que isso aconteça no plano individual é embaraçoso para a comunidade evangélica, principalmente, quando tais atitudes procedem de pessoas que se colocaram como referencia para a igreja dos nossos dias. Porém, o que caracteriza a ausência do discernimento em grande parte do povo cristão, é o fato de que esses promotores de heresias continuam sendo seguidos por grandes multidões que ostentam o título de cristãos pentecostais, que dizem conhecer e até experimentar os dons do Espírito na sua existência.

Fonte: Blog Reflexôes Teológicas, Pastor Vicente de Paula - Recife - PE