terça-feira, 22 de junho de 2010

SUBSÍDIO LIÇÃO 13 - E B D

A ESPERANÇA NA LAMENTAÇÃO

INTRODUÇÃO
Nesta última lição do trimestre estudaremos o livro das Lamentações de Jeremias; não apenas o livro, mas, principalmente, a esperança em meio ao lamento. Neste livro, Jeremias escreveu uma série de cinco lamentações, com o objetivo de expressar sua intensa tristeza e dor por causa da trágica devastação de Jerusalém; a mágoa do profeta jorra como a de um enlutado no sepultamento de um ente querido ou de um amigo íntimo. Nas lamentações, Jeremias reconhece que a tragédia que sobreveio sobre Judá era a manifestação do juízo divino, devido a rebeldia da nação contra Jeová (Lm 1.12; 2.17; 3.37,38), mas relembra também a misericórdia do Senhor (Lm 3.22,23,32). Assim, o profeta levou o povo a ter esperança em meio ao desespero, e a olhar para além do juízo daquele momento, para o tempo futuro em que Deus restauraria o seu povo.

I – O QUE SÃO AS LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS
Lamentações é o nome dado ao segundo livro escrito por Jeremias. O nome deriva-se da tradução latina do termo grego “threnoi”, que significa “alto choro”.

1.1 Autoria e data. Embora o livro seja anônimo, sua autoria é atribuída a Jeremias, tanto pelas tradições judaicas quanto cristãs.
Ninguém melhor do que Jeremias para escrever essas lamentações, pois não havia testemunha ocular que se preocupasse com o povo, mais do que ele, conforme ele mesmo expressa (Lm 3.48-50). É provável que o livro tenha sido escrito imediatamente após a destruição de Jerusalém, por volta de 586-585 a.C.

1.2 Propósitos. O propósito desse livro era descrever o grande pesar pela perda do templo e da cidade sagrada; registrar como o Senhor cumpriu, completa e literalmente, o julgamento da cidade, devido ao povo ter persistido na idolatria e rebelião (Lm 2.17; 3.37,38); e relembrar ao povo a misericórdia e a fidelidade de Deus (Lm 3.22,23).

1.3 Características Especiais. Duas características especiais descrevemos neste livro: (1ª) Enquanto (II Rs 25 e Jr 52) descrevem o evento histórico da destruição de Jerusalém, este livro retrata vividamente as emoções e sentimentos daqueles que realmente experimentaram a catástrofe. (2ª) No centro do livro existe uma das mais belas declarações quanto a fidelidade e a salvação de Deus (Lm 3.21-26). Embora o livro comece com um lamento (Lm 1.1,2), termina com uma declaração de arrependimento e esperança de restauração (Lm 5.16-22).

1.4 Visão Panorâmica do Livro. Jeremias escreveu cinco lamentações. A primeira (cap. 1) descreve a devastação de Jerusalém e o lamento do profeta sobre ela, ao clamar a Deus com a alma angustiada. Às vezes, sua lamentação é personificada como se fosse a da própria Jerusalém (Lm 1.12-22). Na segunda lamentação (cap. 2), o profeta descreve a causa dessa devastação como resultado da ira de Deus contra o povo rebelde que se recusou a arrepender-se, ou seja, a Babilônia, nação inimiga de Judá, foi instrumento da ira de divina. O poema seguinte (cap. 3) exorta a nação a lembrar-se que Deus é realmente misericordioso e fiel, e que Ele é bom para aqueles que nEle esperam. O quarto poema (cap. 4) reitera o tema dos três anteriores. E, no quinto e último poema (cap. 5),após a confissão do pecado e da necessidade de misericórdia de Judá, Jeremias pede que Deus restaure seu povo.

II – O HOMEM QUE VIU TODAS AS DORES DE JERUSALÉM
Durante quarenta anos Jeremias foi o porta-voz de Deus para Judá, exortando-os ao arrependimento e advertindo o seu povo sobre os perigos do desvio espiritual (Jr 1.16; 2.19). Mas, lamentavelmente, ele foi desacreditado, rejeitado e considerado um traidor, por aconselhar a submissão da nação à Babilônia. Jeremias não viu apenas a pecaminosidade de Judá; ele presenciou o cerco, a invasão estrangeira, o incêndio do templo e da cidade de Jerusalém e viu seus compatriotas serem levados para Babilônia, além da
morte de muitos outros. O povo foi levado ao cativeiro em três levas sucessivas. Vejamos:

2.1 Em 606 a.C. Nabucodonosor subjugou Jeoaquim, rei de Judá, que ficou sendo seu servo. Saqueou o templo e levou cativos os membros da família real, inclusive Daniel (Dn 1.1-3,6). A contagem dos setenta anos de exílio começou nessa data (Jr 25.11,12;29.10).
2.2 Em 597 a.C. Nabucodonosor voltou e levou o rei Joaquim (filho de Jeoaquim) e dez mil judeus para Babilônia, e colocou Zedequias, irmão de Joaquim, como rei em lugar deste (2 Rs 24.10-17; II Cr 36.9,10). Nesta leva foi também o profeta Ezequiel.
2.3 Em 587 a. C. O exército de Nabucodonosor sitiou a cidade de Jerusalém. Um mês depois a cidade foi incendiada e o templo destruído totalmente (Jr 52.6,12). Os que não foram mortos à espada, foram levados cativos. Um remanescente constituído de gente pobre foi deixado na terra, e Gedalias foi nomeado governador sobre eles. Temendo novo ataque dos babilônios, este mesmo remanescente fugiu para o Egito (2 Rs 25.1-22; Jr cap. 39,52). Foi nesse período que Jeremias escreveu suas lamentações, e disse: “Eu sou aquele homem que viu a aflição pela vara do seu furor” (Lm 3.1).

III – LIÇÕES QUE APRENDEMOS COM AS LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS
Muitas lições podemos aprender nas palavras desse livro. Vejamos algumas:

3.1 Deus não é o culpado pelo sofrimento do povo. Em suas lamentações, o profeta Jeremias atribuiu ao povo a culpa pela destruição que lhes sobreveio (Lm 1.8,9,14,18,20,22). Como o povo não se arrependeu de seus pecados e de suas iniquidades, veio sobre eles o juízo divino.

3.2 A situação trágica de Judá foi consequência dos seus próprios pecados. Dentre os muitos pecados de Judá, destacamos dois: a extrema corrupção, principalmente por parte dos líderes (Jr 26.7-11,16; Lm 4.13) e a confiança do povo em promessas e acordos humanos e políticos, ao invés de confiarem em Deus (Jr 42.14; Lm 4.17).

3.3 Deus entregou o seu povo nas mãos dos inimigos. Em suas lamentações, Jeremias diz que o Senhor entregou a nação na mão dos inimigos (Lm 1.14; 2.7). Diversas vezes, Deus levantou nações estrangeiras para castigar o seu povo (Jz 2.14; 3.8; 4.2; 6.1). Isto não significa dizer que Deus tenha abandonado por completo o seu povo, e sim, que essas nações foram meios pelos quais Deus se utilizou para castiga-los e corrigi-los. A Babilônia, por exemplo, foi o instrumento divino para curar o seu povo da idolatria.

3.4 Jeremias conclama o povo à oração. Mesmo em meio ao mais terrível sofrimento, o povo deveria derramar o coração e orar ao Senhor (Lm 2.19). Mais do que nunca, a nação carecia do favor divino e, por isso, deveria recorrer a Deus em oração. Isto nos ensina que o crente deve buscar a Deus, em oração, em todos os momentos de sua vida (I Ts 5.17), inclusive em meio ao juízo divino.

3.5 O povo deveria queixar-se dos seus próprios pecados. A nação deveria reconhecer que Deus não era culpado por todo aquele sofrimento (Lm 3.39). Muitos costumam culpar ao Senhor pelos males que lhes sobrevém. Mas, de acordo com Jeremias, cada um deve queixar-se dos seus próprios pecados.

3.6 Jeremias conclama o povo a voltar-se para o Senhor. Jeremias também convida o povo a fazer uma auto análise e a voltar-se a Deus (Lm 3.39,40). Depois de reconhecer a sua pecaminosidade, o povo deveria firmar no coração o propósito de buscar ao Senhor.

IV - A ESPERANÇA EM MEIO AO LAMENTO
Apesar de receber o título de “Lamentações de Jeremias”, o livro não contém apenas choro e lamento. Jeremias também escreve, em forma de poema, uma mensagem de fé e de esperança para o povo de Deus (Lm 3.22-39). Judá deveria reconhecer que:

4.1 Eles não seriam consumidos por completo, por causa das misericórdias do Senhor. Apesar de todo aquele castigo e sofrimento, Deus não rejeitou o seu povo por completo; mas, eles não foram destruídos devido as suas misericórdias. A misericórdia é o ato de tratar o ofensor com menor rigor que ele merece. Foi isso que ocorreu com a nação e, por isso, Jeremias diz: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos...” (Lm 3.22 a).

4.2 As misericórdias do Senhor não tem fim. A palavra misericórdia vem do latim e significa “compaixão pela miséria do próximo”. Literalmente, a palavra misericórdia significa “voltar o coração à miséria alheia”. A misericórdia é uma atitude de compaixão e de beneficência ativa e graciosa, expressa mediante o perdão calorosamente conferido a um malfeitor. Através deste sentimento, o Senhor mostra que, no juízo, sua misericórdia sempre triunfa, porque ela é infinita “... porque as suas misericórdias não têm fim” (Lm 3.22 b).

4.3 Mesmo sob o juízo divino, o povo de Deus deveria ter esperança e aguardar a salvação do Senhor. Diversas vezes, durante o seu ministério, o profeta Jeremias havia transmitido ao povo uma mensagem de esperança (Jr 30.3,18; 31.17,38; 33.7,26). Porém, durante aquela miséria e calamidade provocada por causa da invasão estrangeira, o povo necessitava, mais do que nunca, de esperança e de livramento divino. Por isso, Jeremias lembra a nação que, por causa da compaixão e misericórdia do Senhor, à salvação está a disposição daqueles que se arrependem dos seus pecados e se voltam a Ele. Ele diz: “Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do Senhor” (Lm 3.26).

4.4 O Senhor não rejeitaria o seu povo para sempre. É comum, quando os servos de Deus estão sendo provados ou castigados, terem o sentimento de abandono. Por isso, em meio aquele sofrimento, o povo de Deus se sentiu abandonado por Ele. Não que Deus os tenha abandonado, pois, o propósito de Deus era subjugar a nação, leva-la cativa à Babilônia para cura-la da idolatria, mas, ao final de setenta anos, trazê-la de volta à sua pátria, conforme Jeremias havia predito (Jr 25.11,12; 29.10). O povo, então, precisava entender que Deus não os havia abandonado. Por isso, Jeremias diz: “Porque o Senhor não rejeitará para sempre” (Lm 3.31).

CONCLUSÃO
Apesar da ênfase nas lamentações, neste livro, Jeremias não se limita a chorar o desastre de Judá e de Jerusalém. Encontramos nesse livro expressões de louvor (Lm 5.19), ações de graças (Lm 3.55-57) e exortações para que o povo reconheça o seu pecado e volte-se ao Senhor (Lm 3.39,40). Jeremias também leva o povo a reconhecer que, o que lhes sobreveio, é fruto de seu pecado (Lm 1.18,20; 3.42) e transmite também, uma mensagem de fé e de esperança para a nação de Judá (Lm 3.21-24,26).
 
REFERÊNCIAS:
· Bíblia de Estudo Pentecostal. Donald C. Stamps. C.P.A.D.
· A Bíblia através dos séculos. Antônio Gilberto. C.P.A.D.
· Conheça Melhor o Antigo Testamento. Stanley Ellisen. VIDA.
· Jeremias e Lamentações, Introdução e Comentário. R. K. Harrison. VIDA NOVA.

Fonte: Rede Brasil de Comunicação

terça-feira, 15 de junho de 2010

SUBSÍDIO DA LIÇÃO Nº 12 - E B D

A OPÇÃO PELO POVO DE DEUS

INTRODUÇÃO
As profecias anunciadas por Jeremias cumpriram-se no território Judeu: o povo estava cativo, a cidade saqueada e destruída; o próprio profeta agora era um prisioneiro de guerra de Nabucodonosor (Jr. 40.1) No entanto, a Jeremias foi dado o direito de escolher se queria ir para Babilônia onde seria bem tratado ou se queria fica em Jerusalém. O profeta fez uma opção: escolheu estar entre os remanescentes de Judá (Jr. 40.6). Esta atitude do servo do Senhor, mostra-nos a fidelidade que ele tinha para com Deus e o amor ao seu povo por quem chorou e lamentou tantas vezes (Jr. 9.1).  É interessante notar que no capítulo 40 não vemos Jeremias falando ou fazendo um longo discurso para esclarecer sua opção de ficar em Judá; vemos somente a sua atitude de querer ficar, e isso fala mais alto do que muitas palavras.

I – AS PROFECIAS DE JEREMIAS SE CUMPREM
            Diante de uma nação pecaminosa, o profeta Jeremias foi rejeitado, perseguido e preso porque suas profecias não correspondiam aos anseios do povo (Jr. 6.13). Enquanto os falsos profetas anunciavam paz (Jr. 6:18), ele anunciava o juízo de Deus que seria derramado naquela nação, em virtude dos pecados do povo. O que autenticou Jeremias diante de todos, como um verdadeiro profeta do Senhor, foi o cumprimento, na íntegra, de suas profecias, em relação ao cativeiro Babilônico. Vejamos as profecias e seus respectivos cumprimentos:

1.1 A invasão dos babilônica e a destruição de Israel. “Arvorai a bandeira rumo a Sião, fugi, não vos detenhais; porque eu trago do norte um mal, e uma grande destruição.” (Jr.4.6). No décimo mês do nono ano de Zedequias, os exércitos de Nabucodonosor invadiu Jerusalém. “No ano nono de Zedequias, rei de Judá, no décimo mês, veio  Nabucodonosor, rei de Babilônia, e todo o seu exército, contra Jerusalém, e a cercaram” (Jr.39.1)
 
1.2 A execução do juízo Divino. “E farei esta cidade objeto de espanto e de assobio; todo aquele que passar por ela se espantará, e assobiará por causa de todas as suas pragas.” (Jr.19.8). A fúria com que as tropas babilônicas atacaram Jerusalém foi terrível; atos brutais foram praticados, um exemplo disso, está registrado em Jr.39.7 onde diz que os olhos do rei Zedequias foram vazados. Judá não foi dizimada completamente da terra porque Deus não permitiu.

1.3 A duração do cativeiro babilônico. “E toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; e estas nações servirão ao rei de Babilônia setenta anos” (Jr.25.11). O profeta Hananias havia profetizado diante do povo que o cativeiro seria de dois anos (Jr. 2811), isto na tentativa de agradar e ganhar prestígio do povo judeu à frente de Jeremias, que estava com um jugo de madeira no pescoço que o próprio Hananias quebrou posteriormente (Jr. 28.12). Em (Jr.28.16) o Senhor condena a Hananias por ele ter falado falsamente. O que Deus determinou foi 70 anos de cativeiro e isto se concretizou na íntegra. “Para que se cumprisse a palavra do Senhor, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da assolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram” (II Cr 36.21).

1.4 O retorno do cativeiro. “Porque eis que vêm dias, diz o Senhor, em que farei voltar do cativeiro o meu povo Israel, e de Judá, diz o Senhor” (Jr. 30.3). Muitos anos antes do rei Ciro nascer, Deus havia determinado que por ele o cativeiro do povo judeu teria fim (Is.45.1). “No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do Senhor, pela boca de Jeremias” (Ed.1.1).
 
II – A OPÇÃO DE JEREMIAS
           Antes do exílio babilônico, o povo de Judá estava livre e aproveitava essa liberdade para dar vazão a todo tipo de pecado. O nível de pecaminosidade do povo chegou a pontos tão altos que o Senhor resolveu expulsa-los da terra de Israel (Jr. 7:20; 9:11). “Eis que desta vez arrojarei como se fora com uma funda aos moradores da terra..” (Jr.10.18).
O Senhor usa um termo muito forte “arrojarei” que significa “lançar para longe de si”, isto mostra a indignação de Deus contra o pecado. Neste período pré exílio, Jeremias foi preso pelos seus compatriotas (Jr. 38.6), com a invasão do exército babilônico na região de Judá, Jeremias foi liberto, honrado e foi lhe facultado o direito de escolher onde queria ficar. Deus muda situação!
Como deveria agir o profeta, ir para Babilônia ou ficar com os remanescente de Judá? A lógica poderia
impulsiona-lo a ir para o império caldeu, já que estaria sob os cuidados de Nabuzaradã; mas, a fidelidade a Deus e o amor ao povo fez com que ele optasse em ficar na Judeia. Vejamos de forma mais detalhada os motivos que levaram Jeremias a rejeitar o convite do capitão de Nabucodonosor a residir com os cativos em Babilônia.

2.1 O amor ao povo de Deus. A rejeição do povo por Jeremias não diminui o amor que ele tinha pelos seus irmãos. O Profeta expressa a sua dor por saber que o castigo era inevitável com as seguintes palavras: “Ah, entranhas minhas, entranhas minhas! Estou com dores no meu coração! O meu coração se agita em mim. Não posso me calar; porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra.” (Jr.4.19). Era a sua cidade amada que seria destruída. Foi esse mesmo amor que o motivou a ficar com o restante do povo.

2.2 A fidelidade a Deus. Jeremias não omitiu nenhuma profecia, foi fiel na hora de entregar a mensagem de Deus tanto ao rei como ao cidadão judeu comum. Nunca negociou o seu caráter em favor dos seus irmãos (Jr. 37.17-18). O Senhor nunca falou que ele deveria ir a Babilônia. O livramento do profeta foi resultado de sua confiança irrestrita em Deus: “...e não cairás à espada; mas a tua alma terás por despojo, porquanto confiaste em mim, diz o Senhor” (Jr.40.18). É esta fidelidade inegociável que o levou a optar pelos remanescentes judeus.
 
2.3 A esperança. Jeremias profetizou a restauração do seu povo: “Porque eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que farei voltar do cativeiro o meu povo Israel, e de Judá, diz o Senhor; e tornarei a trazê-los à terra que dei a seus pais, e a possuirão” (Jr.30.3). A esperança no Senhor é a certeza de que Deus cumpre o que promete. Isto levou o profeta a rejeitar os cuidados de Nabuzaradã e preferir ficar com os pobres que sobraram na terra.

III – COMO OS HERÓIS DA FÉ FIZERAM SUAS OPÇÕES
         Muitos homens de Deus, relacionados entre os heróis da fé, fizeram em momentos críticos e decisivos, uma opção pelo povo de Deus. Vejamos em quais circunstâncias eles tomaram essa decisão.

3.1 Abraão optou pela obediência. Ele estava na terra de Ur dos Caldeus, tinha somente da parte de Deus uma promessa: de ser uma grande nação. Para alcança-la tinha que ser peregrino na terra que o Senhor lhe mostraria. Ele poderia decidir ficar em Ur, ali ele tinha o que precisava, mas optou pela obediência. Era dele que o Senhor formaria o seu povo, Israel (Hb 11.8-12).

3.2 José optou pela vontade de Deus. Foi vendido como escravo, preso de forma injusta, esquecidos pelo copeiro do rei do Egito – aproximadamente 13 anos de sofrimentos que começou a partir do momento que foi vendido pelos seus irmãos (Gn 37.28). Aparentemente, ele tinha toda razão de optar por si mesmo quando as coisas mudaram a seu favor (Gn.41.38-40). Mas, durante esse período de sofrimento, ele compreendeu que foi o Senhor Deus que o conduziu até ali para preservar a vida do povo de Deus “...porque, para conservação da vida, Deus me enviou diante da vossa face” (Gn45:5).

3.3 Jesus optou pela cruz para se tornar o salvador do mundo. Não havia nenhum justo sobre a face da terra (Rm.323), as justiças humanas foram comparadas a trapos de imundícias (Is. 64.6), logo, qual dos homens teriam condições de optar pela cruz para salvar o mundo? Só Jesus tinha autonomia para isso “...que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens..” (Fl.2: 6-7)
 
CONCLUSÃO

      Durante o cativeiro, o profeta Jeremias teve a opção de ir para a Babilônia e ficar sob a proteção do capitão de Nabucodonosor “....Se te apraz vir comigo para Babilônia, vem, e eu cuidarei de ti, mas se não te apraz vir comigo  para Babilônia, deixa de vir...” (Jr.40.4). Com certeza, ali ele seria tratado de forma diferenciada dos demais cativos. Fazer uma opção nestas circunstâncias requereria dele uma renúncia – toda opção feita a favor do povo de querer renúncia, e foi isto que Jeremias fez. Com esta atitude ele releva a sua fidelidade, amor e esperança em Deus.

REFERÊNCIAS
· Bíblia de Estudo N.V.I.
· Jeremias e Lamentações, Introdução e Comentário. R. K. Harrison. VIDA NOVA.
 
Fonte: Rede Brasil de Comunicação

quinta-feira, 10 de junho de 2010

LIÇÕES BIBLICAS PARA O 3º TRIMESTRE

No 3º trimestre de 2010, estaremos estudando o tema O Ministério Profético na Bíblia, a voz de Deus na Terra

Comentarista: Pastor Esequias Soares

SUMÁRIO DA LIÇÃO:

1- O Ministério Profético no Antigo Testamento

2- A Natureza da Atividade Profética

3- As Funções Sociais e Políticas da Profecia

4- Profecia e Misticismo

5- A Autenticidade da Profecia

6- Profetas Maiores e Menores

7- Os falsos Profetas

8- João Batista – O Último Profeta do Antigo Pacto

9- Jesus – O Cumprimento Profético do Antigo Pacto

10- O Ministério Profético no Novo Testamento

11- O Dom Ministerial de Profeta e o Dom de Profecia

12- O Tríplice Propósito da Profecia

13- A Missão Profética da Igreja



Fonte:CPAD

LIÇÃO 11 - SUBSÍDIO 2º SEMESTRE

A EXCELÊNCIA DO MINISTÉRIO


Texto Áureo: Sl. 131.1 - Leitura Bíblica em Classe: Jr. 45.1-5.

Objetivo: Ressaltar que a excelência do ministério cristão repousa na busca prioritária pela glorificação de Deus.

INTRODUÇÃO

Há uma crise no ministério cristão mundial, mas não se trata de um fenômeno recente. Paulo experimentou críticas e oposições por causa da sua opção ministerial. Mas nos dias atuais, os ministros de um pseudo-evangelho são os principais responsáveis, pois transformaram o chamado em profissão. Na lição de hoje, estudaremos a respeito da excelência do genuíno ministério cristão. Partiremos do exemplo de Baruque, e, ao final, destacaremos o propósito do ministério excelente: a glória de Deus.

1. BARUQUE, UM MINISTRO

Durante o quatro ano do reinado de Jeoaquim, por volta de 605 a. C., Baruque, o ministro do Senhor, recebe uma mensagem de repreensão por se encontrar deprimido e temeroso em relação ao futuro. A tristeza desse homem resultara da percepção das implicações das profecias de Jeremias. Diante da sua angústia, o profeta precisou lembrar Baruque da tristeza do próprio Deus em relação à calamidade inevitável que viria sobre a nação. A partir de Jr. 45, depreendemos que Baruque, esse fiel servo de Jeremias, que registrou suas profecias, tinha um irmão no palácio oficial e que rejeitara um cargo ali a fim de acompanhar Jeremias. Todos os homens e mulheres de Deus tiverem companheiros fiéis para lhes dar o suporte necessário. Moises teve seus setenta anciões; Davi, seus homens poderosos; Paulo, seus auxiliadores, tais como Timóteo, Tito e Silas. Do mesmo modo, devemos agradecer a Deus pela companhia que Jeremias pode ter através do secretariado de Baruque. Graças a esse ministro temente a Deus, podemos ler, atualmente, os escritos do profeta do Senhor. Nem todos são chamados para serem pastores ou profetas, mas graças a Deus pelos “baruques”, os humildes servos do Senhor que trabalham à surdina, com vistas exclusivamente ao crescimento do Reino de Deus. Mesmo assim, esse temente homem de Deus se deprimiu ao testemunhar a mensagem de juízo (Jr. 45.3). Mas o Senhor deu-lhe uma mensagem de encorajamento a fim de que esse não colocasse sua esperança no futuro de Judá e para que se tranqüilizasse, pois sua vida seria preservada, haja vista ter ele priorizado a Palavra de Deus (Mt. 6.33), pois tal como João Batista, valorizou a obra de Deus, e menos a ele mesmo (Jo 3.30). Aqueles que temem ao Senhor sabem que a provação (I Pe. 4.12-19) produz ouro puro (Jó. 23.10).

2. O MINISTÉRIO NA BÍBLIA

O ministro, no Antigo Testamento, em hebraico, é sarat e donota aquele que serve, associado ao que auxilia nos serviços reais (II Sm. 1317; I Rs. 10.5; I Cr.27.1; 28.1; Et. 1.10). O ministro normalmente desenvolvia algum trabalho para indivíduos de status proeminente, tal como José, que servia a Potifar (Gn; 39.4). Mas o uso mais comum desse termo se dá no contexto da adoração ao Senhor (Nm. 16.9; Dt. 10.8; Ez. 44.15-16) Os ministradores do Senhor, no Antigo Pacto, eram os levitas (I Cr. 16.4, 37), ainda que essa não fosse uma regra geral (I Sm. 2.11, 18; 3.1). No Novo Testamento, o ministro é, em grego, um diakonos, alguém que serve. Paulo refere-se a si mesmo com esse termo, ressaltando o caráter sacrifical do ministério cristão (II Co. 6.1-4) de um novo pacto (II Co. 3.6), de justiça (II Co. 11.15), de Cristo (Cl. 1.7), de Deus (II Co. 6.4) do evangelho (Ef. 3.7) e da igreja (Cl. 1.25). Jesus é o maior exemplo de serventia para o cristão, seja ou não obreiro. Paulo nos diz que Ele tomou a natureza de servo (Fp. 2.7; Lc. 4.8), em consonância com o servo sofredor de Is. 53. A diakonia, que costuma ser reduzida ao cargo eclesiástico, diz respeito ao ato de servir aos outros no Corpo de Cristo (At. 4.32-37; II Co. 9.13). O exercício efetivo do ministério, por meio dos pastores, evangelistas, mestres, apóstolos e doutores visa à edificação da Igreja (Ef. 4.11,12)

3. PARA A GLÓRIA DE DEUS

Embora o ministério cristão, em especial os pastorado, seja instrumento de descrédito, as palavras de Paulo, em I Tm. 3.1 continuam aplicáveis. Aqueles que almejam o pastorado (bispado), excelente obra almejam. Mas é preciso que os critérios recomendado pelos apóstolos, no contexto desse versículo, sejam considerados. Infelizmente, muitos estão adentrando ao ministério tão somente para auferir status, poder ou dinheiro. Como conseqüência, a profissionalização do ministério está substituindo o genuíno chamado. A politicagem eclesiástica também causa danos sérios às igrejas. Há pastores que hoje são chamados pastores e não pastores chamados. Eles servem apenas a si mesmos, não buscam dar a glória a Deus. Esses falsos ministros receberão, do Senhor, a paga no tempo devido. Os ministros que vivem em simplicidade, que se dedicam a ministração da Palavra, que vivem exemplarmente estão sendo descartados. Enquanto isso, aqueles que fazem marketing pessoal, que mercadejam a mensagem, que fazem concessões ao evangelho, obtêm maior existo. Mas é preciso ressaltar que o trabalho do Senhor não é avaliado por critérios humanos. Os ministros aprovados por Deus são aqueles que não têm do que se envergonhar e que manejam bem a Palavra da Verdade (II Tm. 2.15). Quando o Supremo Juiz julgar as obras dos ministros, muitos daqueles que ostentaram fama, glória e riqueza ficarão envergonhados. O Senhor lhes dirá que eles já receberam o galardão que tanto desejaram.

CONCLUSÃO

Baruque é um exemplo de ministro fiel para os dias atuais. Ao invés de buscar o êxito pessoal, o auxiliar do profeta estava preocupado com a nação. Oramos ao Senhor da seara para que Ele envie obreiros (Lc. 10.2) que sirvam com amor, e principalmente, com humildade. Que o Senhor nos dê pastores que entendam o real significado da diakonia e sigam o exemplo de Cristo ao lavar os pés dos seus discípulos (Jo. 13.4,5).

BIBLIOGRAFIA

HARRISON, R. K. Jeremias e Lamentações. São Paulo: Vida Nova, 1980.

LONGMAN III, T. Jeremiah & Lamentations. Peabody, Mass: Hendrickson, 2008.

Postado por subsídio EBD

quinta-feira, 3 de junho de 2010

SUBSÍDIO LIÇÃO 10 - E B D

O VALOR DA TEMPERANÇA

Texto Áureo = “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito” Ef 5.18.

Introdução:
Como vimos em toda lição de jeremias, a principal mensagem levada ao povo de Judá, era o arrependimento, a volta ao primeiro amor, Deus através do profeta conclamava o povo a obedecer a sua palavra. Nesta lição que ora estudaremos Deus chama-nos a atenção para o exemplo dos Recabitas, com seu exemplo de obediência e temperança em meio ao caos que viviam, eram nômades, peregrinos, andavam de terra em terra, porém, sem se misturarem com os costumes locais. E nós como estamos vivendo em meio a globalização, aos costumes mundanos? Estamos fazendo como os Recabitas conservando a sã doutrina, os ensinamentos que nos deixou nossos pais na fé, ou isso já não importa? Pensemos nisso para que venhamos a voltar os bons costumes que a palavra de Deus nos ensina.

O que é Temperança.
A temperança é uma das virtudes ditas universais, uma dais quais propostas pelo Cristianismo. Temperança significa equilibrar, colocar sob limites, “moderar a atração dos prazeres, assegura o domínio da vontade sobre os instintos e proporcionar o equilíbrio no uso dos bens criados”.
Com essa definição está claro, a intenção do comentarista, ao analisar o exemplo dos recabitas trazendo para os nossos dias.

Lembrando que o apóstolo Paulo em sua carta aos gálatas, fala sobre as obras da carne e os frutos do Espírito, e a temperança encontra-se entre um dos fruto do Espírito. Não é um Dom, mas um fruto isso significa que não é dado, e sim, trabalhado, adquirido.

I. A origem dos recabitas
1 - Sua origem.
Quando o Senhor ordenou a Jeremias que visitasse os recabitas, tinham estes já uma história de aproximadamente 250 anos. Observe que eles tinham 250 anos e se mantinham firmes as recomendações dos seus pais, será que isso não fala alguma coisa para nós assembleianos? Que, agora que vamos completar 100 anos e estamos debaixo de muita pressão para abandonar-mos os costumes, maneira de celebrar a ceia, de dirigir os cultos, os hinos da harpa cristã que muitos acham ultrapassado. De uma tribo nômade e dedicada ao pastoreio, foram pouco a pouco aparentando-se com os queneus e com os descendentes de Jetro, sogro de Moisés (1 Co 2.55), até se constituírem num clã expressivo e piedoso.

2 - Seu relacionamento com Israel.
Em 2 Rs 10:15-27 os recabitas entram na história do povo de Deus de maneira heróica. Jonabade, um de seus patriarcas, é convidado pelo rei Jeú a extirpar os profetas de Baal do Reino do Norte. Nesta ocasião, o recabita identifica-se como tendo um coração reto diante de Deus, vs 15.
3 - O encontro dos recabitas com Jeremias. Os recabitas encontravam-se em Jerusalém para escapar às forças babilônicas que, dentro em breve, haveriam de destruir a cidade. Jr 35:11. Na periferia desta, armaram eles tendas.
Observe que o recabitas eram fiéis as suas tradições, modo de viver, pois assim falou seus pais, conforme vs 6 e 7. e Deus querendo ensinar uma lição, não para os recabitas, mas, para Israel utilizando-se deste povo, assim Jeremias ouvindo a voz do Senhor, convida-os para um banquete na casa do Senhor vs 2.

II - O estilo de vida dos recabitas.
Em meio as trevas e as apostasias de Israel, Jonadabe sentiu o desejo de fundar uma sociedade que tinha por base a temperança, a modéstia, a frugalidade e principalmente, o temor a Deus. Mais uma vez aprendemos uma lição com os recabitas, Jonadabe ensinou seus descendentes a viverem uma vida de temor a Deus em toda e qualquer ocasião, a não misturarem-se com os outros povos, com seus costumes. Vejamos pois qual estilo de vida que eles levavam.

1. Abstinência de bebidas fortes.
Resolveram eles absterem-se totalmente das bebidas fortes, pois sabiam muito bem serem estas nocivas à moral e aos bons costumes (Gn 9.20-23; 19.32-38). Jonadabe, bem sabia dos efeitos da bebida, pois vivia no palácio vendo o que a bebida faz no homem, deixando reis como bobos da corte quando embriagavam-se.”O VINHO é escarnecedor, a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio.” (Pv 20 : 1). A mãe do Rei Lemuel o aconselha a não beber “Não é próprio dos reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes o desejar bebida forte;” (Pv 31 : 4).

Lv 10.8-10 E falou o SENHOR a Arão, dizendo:
Não bebereis vinho nem bebida forte, nem tu nem teus filhos contigo, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações; E para fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo.

O Apóstolo Paulo escreve que os bêbados não herdarão o Reino de Deus.”nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.” (I Cor 6:10)
A Bebida não escolhe cara, cor, raça, posição social, se é novo convertido ou já é um pastor experiente, todos que enveredarem por seus caminhos, estão sujeitos a expor ao ridículo e por fim perder a vida eterna.
“Mas também estes erram por causa do vinho, e com a bebida forte se desencaminham; até o sacerdote e o profeta erram por causa da bebida forte; são absorvidos pelo vinho; desencaminham-se por causa da bebida forte; andam errados na visão e tropeçam no juízo.” (Isaías 28 : 7).

O texto áureo é enfático. “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito;” (Efésios 5 : 18)
A recomendação de Paulo aos Bispos. I Tm 3.1-3
ESTA é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.
Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar;
Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe…
Obs. Alguns irmãos insistem em beber socialmente, dizendo que não tem nada há ver, pois o pecado está em embriagar-se, porém, eu pergunto ao amado irmão, onde fica o ensinamento da palavra de Deus quando diz “fugi da aparência do mal” a bebida é viciante, quem conhece seu organismo, se vai ou viciar, se vai continuar em apenas um copo, de uma coisa eu tenho certeza que o viciado em bebida não começou com um litro, e sim, com uma dose. Cuidado meu irmão é melhor encher-se do espírito.

2. Peregrinações.
Os recabitas para entendermos eram nômades, habitavam em tendas conforme Jr 35.7 Não edificareis casa, nem semeareis semente, nem plantareis vinha, nem a possuireis; mas habitareis em tendas todos os vossos dias, para que vivais muitos dias sobre a face da terra, em que vós andais peregrinando.

Os Recabitas passaram por muitos lugares, viram muitos povos, observaram muitos costumes, os mais variados possíveis, talvez foram chamados de esquisitos, ou santarrão, talvez os jovens recabitas, sofreram discriminação, dos colegas, as moças foram rejeitadas pelos rapazes, por não se vestirem como eles, em uma festa por não beberem com eles. Mas Aprendemos com este povo de costumes diferentes que eles foram fiéis aos mandamentos de seus pais, preservaram seus usos e costumes, não se deixaram levar pelos usos e costumes locais. E nós como estamos, nestes últimos dias da igreja na face da terra? Temos conservado a sã doutrina conforme os mandamentos do Senhor, ou temos nos moldados a este século, estando conformado com ele? Rm 12.2 “Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos… (não tomais a fórmula do mundo).

3. Honravam a tradição de seus antepassados.
                 RECABITAS                                                                          
Mantinham votos feitos a um líder humano.                                                                                  
Obedeciam as leis que tratavam de questões temporais.      
Obedeceram por 200 anos.                                                                                                              
Seriam recompensados.                                                          
        ISRAELITA
Quebraram a aliança com o Todo-Poderoso.
Recusaram-se a obedecer as leis Divinas
Desobedeceram por centenas de anos.
Seriam castigados

Ao contrário dos Judeus que já se haviam esquecido da Lei de Moisés e do exemplo dos patriarcas, levavam os recabitas em consideração o que lhes havia recomendado Jonadabe filho de Recabe. Observe o que o apóstolo Paulo escreve aos Tessalonicenses: Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa I Ts 2.15.

Mais uma vez é hora de repensar-nos no caminho que algumas AD tem tomado, louvo ao Senhor Jesus pela vida dos homens de Deus, que tem conservado a sã doutrina e os bons costumes, pois nesse Brasil a fora, tem Assembléias de Deus que não cantam mais os hinos da harpa, não tem mais aquela semana de oração antes da Santa Ceia, acredite, nem disciplina tem mais. Amados irmão não permitamos que a “modernidade” invada nossas igrejas, e nos afaste dos bons costumes, e por fim da palavra de Deus. Que exemplo maravilhoso dos Recabitas, mesmo depois de 200 anos continuaram firmes em seu propósito de não se contaminar com as coisas deste mundo. E nós das Assembléias de Deus, vamos fazer 100 anos e parece que estamos esquecendo dos bons costumes, que os nossos pioneiros tanto primaram, para que andássemos neles.

III - O Exemplo dos recabitas
O profeta Jeremias usado por Deus, chama toda a família dos recabitas a se apresentarem no templo, e na câmara de Hanã, oferece-lhes taças cheias de vinho, e ordena-lhes que bebam. Mas o chefe do clã dos Recabitas, recusa-se a fazê-lo, observe que o Exemplo partiu do chefe do clã, com isso aprendemos que o exemplo começa de cima.
Com essa atitude Jazanias o maioral dos Recabitas, sem querer está dizendo aos sacerdotes que o exemplo começa por eles, observe que Deus já havia dito aos sacerdotes em Lv 10. 8-10, que os sacerdotes deveriam afastar-se do vinho.
O mais interessante de tudo isso, é que Deus chama os recabitas a apresentarem-se no templo, e não na rua, ou no pátio dos gentios ou no pátio das mulheres, mas na câmara de Hanã, demonstrando que o concerto deveria começar pelos sacerdotes, e que Deus não estava satisfeito com a atitude deles, com a falta de compromisso com o povo dando-lhes mal exemplo, pois foram escolhidos para este ofício. Meu pastor como anda o seu compromisso e comprometimento com a igreja do Senhor Jesus? Lembre-se que foste chamado para cuidar do rebanho do Senhor, e como tal deves dar o exemplo de um verdadeiro servo, tens produzido frutos dignos de arrependimento, inclusive a temperança? Ou tens deixado levar-se pelos vícios que tão nocivos são ao teu ministério ou melhor ao ministério que Deus confiou a tí. Não abra nenhum precedente. Não se deixe contaminar seja pelo ambiente social seja pela herança cultural. Lembre-se: Noé e Ló eram muito mais piedosos e firmes do que nós. Todavia, induzidos pelo vinho, portaram-se inconvenientemente.

Conclusão:

“Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim como ele é justo.” (I João 3 : 7) Filhinhos já é a última hora. E nestes últimos dias a igreja do Senhor Jesus precisa destacar-se pela temperança, sobriedade e vigilância. A palavra pode convencer, mas é o exemplo que arrasta. “Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo.”I Tm 3.7
Nossa vida deve e tem que ser pautada na palavra do Senhor, o mundo diz: faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Porém o cristão é o sal da terra e a luz do mundo. Pastores, fiquem firme na doutrina, e nos bons costumes, e principalmente na simplicidade do evangelho. Ninguém tropeça em pedras grandes, mas nas pequenas. Assim é as pequenas coisas, as escondidas, derrubarão, muitos irmãos. Que o Senhor Jesus Cristo tenha misericórdia de Nós.

Elaboração por:- Pb. Josenildo Cardoso Cavalcante
Publicado no blog do Ev. Isaías de Jesus