quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

COMENTARIO DA LIÇÃO 1 - 1º TRIMESTRE DE 2011

ATOS - A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO ATRAVÉS DA IGREJA

TEXTO ÁUREO

“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8).

- O termo original para virtude é dunamis, que significa poder real; poder em ação. Esse é o versículo-chave do livro de Atos. O propósito principal do batismo no Espírito Santo é o recebimento de poder divino para testemunhar de Cristo, para ganhar os perdidos para Ele, e ensinar-lhes a observar tudo quanto Cristo ordenou. Sua finalidade é que Cristo seja conhecido, amado, honrado, louvado e feito Senhor do povo de Deus ( Mt 28.18-20; Lc 24.49; Jo 5.23; 15.26,27). Poder significa mais do que força ou capacidade; designa aqui, principalmente, o poder divino em operação, em ação. O batismo no Espírito Santo trará o poder pessoal do Espírito Santo à vida do crente. Note que neste versículo Lucas não apresenta uma unção especial ou poder para impressionar, mas afirma ele, um poder celestial no interior do crente para este testemunhar com grande eficácia. O batismo no Espírito Santo não somente outorga poder para pregar Jesus como Senhor e Salvador, como também aumenta a eficácia desse testemunho, fortalecido e aprofundado pelo nosso relacionamento com o Pai, o Filho e o Espírito Santo por termos sido cheios do Espírito (cf. Jo 14.26; 15.26,27). O Espírito Santo revela e torna mais real para nós a presença pessoal de Jesus (Jo 14.16-18). Uma comunhão íntima com o próprio Jesus Cristo resultará num desejo cada vez maior da nossa parte de amar, honrar e agradar nosso Salvador. O Espírito Santo dá testemunho da justiça (Jo 16.8,10) e da verdade (Jo 16.13), as quais glorificam a Cristo (Jo 16.14), não somente com palavras, mas também no modo de viver e no agir. Daí, quem tem o testemunho do Espírito Santo a respeito da obra redentora de Jesus Cristo, manifestará com certeza, à semelhança de Cristo, o amor, a verdade e a justiça em sua vida (cf. 1 Co 13). O batismo no Espírito Santo outorga poder para o crente testemunhar de Cristo e produz nos perdidos a convicção do pecado, da justiça e do juízo (ver Jo 16.8). Os efeitos desta convicção se tornarão evidentes naqueles que proclamam com sinceridade a mensagem da Palavra e naqueles que a recebem (2.39,40). O batismo no Espírito Santo destina-se àqueles cujos corações pertencem a Deus por terem abandonado seus maus caminhos (2.38; 3.26), e é mantido mediante a mesma dedicação sincera a Cristo. O batismo no Espírito Santo é um batismo no Espírito que é santo (Rm 1.4). Assim, se o Espírito Santo realmente estiver operando em nós plenamente, viveremos em maior conformidade com a santidade de Cristo. À luz destas verdades bíblicas, portanto, quem for batizado no Espírito Santo, terá um desejo intenso de agradar a Cristo em tudo o que puder. Noutras palavras: a plenitude do Espírito complementa (i.e., completa) a obra salvífica e santificadora do Espírito Santo em nossa vida. Aqueles que afirmam ter a plenitude do Espírito, mas vivem uma vida contrária ao Espírito de santidade, estão enganados e mentindo. Aqueles que manifestam dons espirituais, milagres, sinais espetaculares, ou oratória inspiradora, mas não têm uma vida de verdadeira fé, amor e retidão, não estão agindo segundo o Espírito Santo, mas segundo um espírito impuro que não é de Deus (Mt 7.21-23; cf. Mt 24.24; 2 Co 11.13-15).[Adaptado da Bíblia de Estudo Pentecostal, nota textual de At 1.8; Stamps, Donald. CPAD].

VERDADE PRÁTICA
Apesar de suas limitações locais, a Igreja de Cristo, sob o poder do Espírito Santo, universaliza-se em suas conquistas e faz-se irresistível como Reino de Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 1.1-5

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Conhecer o conteúdo e o propósito do livro de Atos;
- Explicar os eventos pré-pentecostais à descida do Espírito Santo, e
- Saber como se deu o desenvolvimento da expansão da igreja neo-testamentária.
PALAVRA-CHAVE
AÇÃO: - Ato ou efeito de atuar; agir; obrar; operar.

(I. INTRODUÇÃO)
A assembléia de Deus no Brasil, em 18 de junho de 2011, celebrará o centenário de sua existência, momento este de suma importância para o movimento pentecostal, cujas raízes se estenderam como em terra fértil por todo o solo brasileiro. A história nos mostra que a árdua caminhada valeu à pena! Oportunidade que temos para rever a história do início da igreja e comparar com os eventos da atualidade, para ver onde estamos acertando e onde precisamos melhorar, e Atos nos demonstra aquilo que é essencial e vital para a experiência comunitária da igreja. Atos nos brinda com os pontos mais importantes da vida comum dos participantes da igreja, que está além de sua organização, mas antes, focalizada no seu organismo. Não existe no cristianismo nada mais fascinante que a vida de Cristo. Ele é a figura central do cristianismo. Contudo, não podemos negar que a história da expansão da verdade a respeito de Cristo é também muito interessante, senão, igualmente fascinante. “pena alguma jamais escreveu um registro mais irresistível. Se esses acontecimentos memoráveis não provocarem a imaginação e nem despertarem as emoções de qualquer leitor realmente interessado, nenhum outro o fará”[1] J. Sidlow Baxter. Juntamente com o Evangelho de Lucas e a Epístola de Hebreus, Atos contém a redação grega mais culta de todo o Novo Testamento, quase próximo do grego clássico. É impossível lê-lo sem notar a mente do autor por trás da forma clínica de avaliação da história. É bem certo que alguns estudiosos afirmam que os discursos são implementados pelo autor, por vezes modificados, ou ainda, que os discursos encontrados em Atos são na verdade são citações literárias improvisadas. Contudo, não existe como fazer tal afirmação, do mesmo modo que não podemos assegurar que o autor deixe no texto exatamente as palavras de todos os discursos encontrados. O que é certo é que o autor nos brinda com o cerne acurado do que for a dito. Boa aula!

I. AUTORIA, DATA E TEMA
Os Atos dos Apóstolos (grego: ??????? ??? ?????????, ton praxeis apostolon; Latim: Acta Apostolorum), o quinto livro do Novo Testamento, é a fonte aonde iremos nos abeberar neste primeiro trimestre de 2011. Geralmente conhecido apenas como Atos, este livro descreve a história da Era Apostólica. “O livro de Atos é a continuação do esforço literário histórico-doutrinário-apologético que Lucas enviou a fim de explicar a vida e a significação do ministério de Jesus, o Cristo, como o seus propósitos, a sua vida e as suas atividades foram continuadas por meio do Espírito Santo, nas pessoas dos apóstolos do Senhor Jesus, e depois através dos seus convertidos, na igreja cristã primitiva” Russell Norman Champlin.

1. Autoria. De acordo com a tradição da Igreja Primitiva, Lucas foi o autor do livro de Atos. O primeiro tratado refere-se ao Evangelho de Lucas. Teófilo é o receptor desconhecido. Seu nome significa ‘amado por Deus’ e, em Lc 1.3, ele é chamado de excelentíssimo, um título formal de respeito. Médicos como Lucas (Cl 4.14) normalmente eram escravos, donde infere-se que Teófilo pode ter sido o antigo mestre de Lucas. Existem apenas três referências específicas a Lucas no Novo Testamento. Ao escrever para Filemom, Paulo claramente o mencionou, junto com Marcos, Aristarco e Demas, como “meus cooperadores” (Fm 24). De acordo com 2 Timóteo, o apóstolo mencionou com uma atitude de apreciação a presença de Lucas, quando disse: “Só Lucas está comigo” (2Tm 4.11). Desde que seu nome é mencionado numa passagem de Colossenses depois de todos os obreiros judeus, geralmente se conclui que era gentio (Cl 4.10-14). O Prólogo Antimarcionita declarava que Lucas era nativo de Antioquia da Síria, que jamais se casou e morreu em Boeotia (um distrito da Grécia antiga), com 84 anos de idade. Alguns reforçam esta hipótese, ao mencionar suas referências detalhadas sobre Antioquia em Atos 6.5; 11.19-27; 13.1; 14.26; 15.22-35. Assim sendo, esse livro é uma sequência do Evangelho de Lucas. As evidências internas do próprio livro de Atos confirmam a autoria lucana. O livro tem início com uma dedicatória a Teófilo, tal como sucede com Evangelho de Lucas. Vocabulário e estilo são extremamente parecidos em ambos os livros. O uso freqüente de termos médicos concorda com o fato que Lucas era Médico (Cl. 4:14). Com o uso do pronome “nós” (às vezes subtendido), ao descrever diversas jornadas de Paulo, o autor do livro de Atos deixa entendido que Ele mesmo era um dos companheiros de viagem do apóstolo. Outros companheiros de viagem de Paulo não se ajustam dentro dos informes dos textos. O Evangelho de Lucas e o livro de Atos formavam apenas dois volumes de uma mesma obra, o qual daríamos hoje o nome de História das Origens Cristãs[2]. Lucas provavelmente não atribuiu a este segundo livro um título próprio. Somente quando seu evangelho foi separado dessa segunda parte do livro e colocado junto com os outros três evangelhos é que houve a necessidade de dar um título ao segundo volume[3]. Isso se deu muito cedo, por volta de 150 dC. Tanto em sua intenção quanto em sua forma literária, este escrito não é diferente dos quatro evangelhos[4]. Escritores do século II e III fizeram várias sugestões para nomear essa obra, como O memorando de Lucas (Tertuliano) e Os atos de todos os apóstolos (Cânon Muratorio*). O nome que finalmente iria consagrar-se aparece pela primeira vez no prólogo antimarcionita de Lucas (final do século II[5]) e em Irineu. A palavra Atos denotava um gênero ou subgênero reconhecido, caracterizado por livros que descreviam os grandes feitos de um povo ou de uma cidade[6]. O título segue um costume da literatura helenística, que conhecia os Atos de Anibal, os Atos de Alexandre, entre outros. O objetivo desse livro é mostrar a ação do Espírito Santo na primeira comunidade cristã e, por ela, no mundo em redor. O conteúdo do livro não corresponde ao seu título, porque não se fala de todos os apóstolos, mas somente de Pedro e de Paulo. João e Felipe aparecem apenas como um figurantes. Entretanto, não são os atos desses apóstolos que achamos no livro, mas antes a história da difusão do Evangelho, de Jerusalém até Roma, pela ação do Espírito Santo. Assim sendo, um nome mais apropriado seria Atos do Espírito Santo!

*[Cânon muratório (170 d.C.). Além do cânon obviamente abreviado do herege Marcião (140 d.C.), a lista canônica mais antiga encontra-se no fragmento muratório. A lista de livros do Novo Testamento corresponde exatamente à da Antiga latina, omitindo-se apenas Hebreus, Tiago e 1 e 2Pedro. Westcott sustenta que provavelmente houve uma falha nos manuscritos com a possível inclusão de tais livros em alguma época. É um tanto inusitado que Hebreus e 1Pedro estivessem ausentes, ao passo que os livros menos frequentemente cilados, Filemom e 3João, estivessem incluídos.]

2. Data de composição. Lucas conta a história da Igreja antiga dentro da estrutura de detalhes geográficos, políticos e históricos que podiam se encaixar apenas no século 1. Por exemplo, Lucas emprega títulos de governantes romanos regionais, que só alguém vivendo naquela época poderia saber com precisão, e isso sugere que o livro tenha sido escrito naquele período. O livro de Atos termina abruptamente com Paulo em seu segundo ano na prisão de Roma, que teve início cerca de 60 d.C. Lucas não dá informação sobre o martírio do apóstolo Paulo que morreu decapitado entre 66 e 68 d.C. Os eruditos acreditam que Lucas teria incluído acontecimentos importantes se tivesse escrito depois de 64 d.C.,[7] como as perseguições empreendidas por Nero (64-68 d.C.) ou a destruição de Jerusalém (70 d.C.). Portanto, Atos foi escrito provavelmente entre 61 e 63 d.C.

3. Tema. A história do desenvolvimento da igreja primitiva desde a ascensão de Cristo até o encarceramento de Paulo em Roma, e o começo de seu ministério ali. Narra o livro de Atos que, antes de subir aos céus, Jesus determinou aos discípulos que permanecessem em Jerusalém até que recebessem o poder do alto através do Espírito Santo e que a partir de então eles se tornariam suas testemunhas até os confins da terra. A Propagação Triunfal do Evangelho pelo Poder do Espírito Santo, portanto, é o seu tema central (Atos 1.8; 28.31).
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
Lucas participa da história da Igreja Primitiva, não somente como autor, mas como um personagem presente e ativo.

II. O CONTEÚDO DE ATOS DOS APÓSTOLOS
Atos é o único livro do Novo Testamento que dá continuidade aos acontecimentos narrados nos quatro evangelhos canônicos. Nenhuma outra escritura do NT é tão rica em detalhes a respeito da continuidade histórica da obra de Cristo. Podemos até considerar que o Livro de Atos é o pano de fundo histórico sobre o qual podemos compreender os escritos posteriores, tais como as epístolas, sobretudo as paulinas. Sobre isso, John Walvoord e Roy Zuck citam F.F. Bruce que diz: “É a Lucas que devemos agradecer pelo coerente relato da atividade apostólica de Paulo. Sem Atos, nós seríamos incalculavelmente pobres [em relação ao entendimento do empenho de Paulo] [8] “

1. Eventos pré-pentecostais. Atos 1 dá o pano de fundo aos eventos pré-pentecostes:
a. A ascensão de Cristo. Os discípulos voltaram para Jerusalém e já não mais se lamentavam, antes sim, estavam cheios de louvor e gratidão a Deus. Com regozijo contavam a maravilhosa história da ressurreição de Cristo e de Sua ascensão ao Céu. Não tinham mais qualquer desconfiança do futuro. Sabiam que Jesus estava no Céu e que continuariam a ser objeto de seu compassivo interesse. Jesus retorna ao Céu vitorioso. Seu sacrifício foi aceito pelo Pai. Satanás está derrotado. É um inimigo vencido. O caráter de Deus outrora manchado por suas acusações infundadas, agora está plenamente reivindicado. Todo o Universo tem convicção de que Deus é Santo, e Sua Justiça e Amor são infalíveis.

b. A eleição de Matias. Matias, o apóstolo “póstumo”. É assim chamado porque surgiu depois da morte do apóstolo Judas Iscariotes, o traidor. Alguns teólogos se referem à ele como o décimo terceiro apóstolo, pois foi eleito para ocupar esse posto, conforme consta dos Atos dos Apóstolos, na Bíblia. A eleição dos onze apóstolos deu-se dias depois da Ascensão de Jesus e da vinda do Espírito Santo. A proposta de Pedro de que fosse escolhido um décimo segundo apóstolo para substituir Judas (Atos 1.21,22), lança luz ao seu entendimento do apostolado. Em primeiro lugar, o ministério apostólico (v.25) consistia em ser testemunha da sua obra (22b). A ressurreição foi algo reconhecido como prova divina da pessoa e da obra de Jesus. Lucas descreve como os apóstolos davam testemunho dessa ressurreição (At 4.33; 13.30-33). Em segundo lugar, para ser qualificado como apóstolo, portanto, era necessário ter presenciado a ressurreição da qual tinham sido chamados a testemunhar (At 2.32; 3.15; 10.40-43). Para este ministério era indispensável ter visto o Senhor ressurreto. Em terceiro lugar, a escolha apostólica deveria ser feita pelo próprio Senhor Jesus. Foi ele quem escolheu os doze originais. Assim, ele também deveria escolher o substituto de Judas. A assembléia se reuniu, orou e lançou sortes (método utilizado no Antigo Testamento Lv 16.6-19; URIM E TUMIM – Êx 28.27-30; Ed 2.63).

2. Evento Pentecostal. No antigo calendário israelita estão relacionadas três festas (Ex 23.14-17; 34.18-23): a primeira é a Páscoa, celebrada junto à dos Ázimos ou Asmos; a segunda é a Festa das Colheitas ou Semanas que, a partir do domínio Grego, recebeu o nome de Pentecostes; finalmente, a festa dos Tabernáculos ou Cabanas. As duas primeiras celebrações foram adotadas pelo cristianismo, porém, a terceira foi relegada ao esquecimento. Pentecostes não é o nome próprio da segunda festa do antigo calendário bíblico, no Antigo Testamento (Ex 23.14-17; 34.18-23). As razões deste novo nome são várias: (a) nos últimos trezentos anos do período do Antigo Testamento, os gregos assumiram o controle do mundo, impondo sua língua, que se tornou muito popular entre os judeus. Os nomes hebraicos - hag haqasir e hag xabu´ot - perderam as suas atualidades e foram substituídos pela denominação Pentecostes, cujo significado é cinqüenta dias depois (da Páscoa). Como o Império Grego passou a ter hegemonia em 331 a.C., é provável que o nome Pentecostes tenha ganhado popularidade a partir desse período. O dia de Pentecoste simboliza, para a igreja, o início da colheita de almas para Deus neste mundo. Qual é o significado da plenitude do Espírito Santo recebida no dia de Pentecoste? (1) Significou o início do cumprimento da promessa de Deus em Jl 2.28,29, de derramar seu Espírito sobre todo o seu povo nos tempos do fim (cf. 1.4,5; Mt 3.11; Lc 24.49; Jo 1.33; ver Jl 2.28,29). (2) Posto que os últimos dias desta era já começaram (Hb 1.2; 1 Pe 1.20), todos agora se vêem ante a decisão de se arrependerem e de crerem em Cristo (3.19; Mt 3.2; Lc 13.3; ver At 2.17 notas). (3) Os discípulos foram do alto… revestidos de poder (Lc 24.49; cf. At 1.8), que os capacitou a testemunhar de Cristo, a produzir nos perdidos grande convicção no tocante ao pecado, à justiça, e ao julgamento divino, e a desviá-los do pecado para a salvação em Cristo (At 4.13,33; 6.8; Rm 15.19; ver Jo 16.8). (4) O Espírito Santo já revelou sua natureza como aquele que anseia e pugna pela salvação de pessoas de todas as nações e aqueles que receberam o batismo no Espírito Santo ficaram cheios do mesmo anseio pela salvação da raça humana (At 4.12,33; Rm 9.1-3; 10.1).

3. Eventos missionários. O Pentecoste é o início das missões mundiais (At 1.8; 2.6-11,39). Os discípulos se tornaram ministros do Espírito. Não somente pregavam Jesus crucificado e ressuscitado, levando outras pessoas ao arrependimento e à fé em Cristo, como também influenciavam essas pessoas a receber o dom do Espírito Santo (At 2.38,39) que eles mesmos tinham recebido no Pentecoste. Levar outros ao batismo no Espírito Santo é a chave da obra apostólica no NT (At 8.17; 9.17,18; 10.44-46; 19.6). Mediante este batismo no Espírito, os seguidores de Cristo tornaram-se continuadores do seu ministério terreno. Continuaram a fazer e a ensinar, no poder do Espírito Santo, as mesmas coisas que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar (At 1.1; Jo 14.12).

a. A expansão em Jerusalém. O Espírito Santo deu aos apóstolos poder para realizar prodígios e grandes sinais entre o povo e lhes deu grande sabedoria para pregar o evangelho de tal maneira, que seus oponentes não podiam contestar os seus argumentos (At 6.10; cf. Êx 4.15; Lc 21.15).

b. A expansão da Igreja na Judéia e Samaria. Note a seqüência de eventos nesse registro do derramamento do Espírito Santo nos crentes samaritanos. (1) Filipe pregou o evangelho do reino, e Deus confirmou a Palavra com sinais e prodígios (At 8.5-7). (2) Muitos samaritanos receberam a Palavra de Deus (v. 14), creram em Jesus (v. 12), foram curados e libertos de espíritos imundos (v. 7), e batizados nas águas (vv. 12,13). Assim, experimentaram a salvação, a obra regeneradora do Espírito Santo e o poder do reino de Deus. (3) O Espírito Santo, porém, não tinha descido sobre nenhum deles depois da sua conversão a Cristo e batismo em água (v. 16). (4) Alguns dias depois da conversão dos samaritanos, Pedro e João chegaram a Samaria e oraram para os novos crentes receberem o Espírito Santo (vv. 14,15). Houve um definido intervalo entre a conversão deles e o recebimento do batismo no Espírito Santo (vv. 16,17; cf. 2.4). Este caso dos samaritanos segue o padrão da experiência idêntica dos discípulos no dia de Pentecoste.

c. A expansão da Igreja entre os gentios. O registro dessa expansão encontra-se a partir do capítulo 13 e não se esgota no 28. Paulo e Barnabé foram chamados à obra missionária e enviados pela igreja de Antioquia. As características dessa obra estão descritas em 9.15; 13.5; 22.14,15,21 e 26.16-18. Paulo e Barnabé foram chamados para pregar o evangelho e conduzir homens e mulheres à salvação em Cristo. As Escrituras não indicam em lugar nenhum que os missionários do NT foram enviados aos campos para realizarem trabalhos sociais ou políticos, i.e., propagar o evangelho e fundar igrejas mediante o exercício de todos os tipos de atividades sociais ou políticas para o bem da população do Império Romano. O alvo dos missionários era conduzir pessoas a Cristo (At 16.31; 20.21), livrá-las do poder de Satanás (At 26.18), levá-las a receber o Espírito Santo (At 19.6) e organizá-las em igrejas. Nesses novos cristãos, o Espírito Santo veio habitar e manifestar-se através do amor; Ele deu dons espirituais (1 Co 12-14) e transformou esses fiéis de tal maneira que suas vidas glorificavam ao seu Salvador. Os missionários do evangelho de hoje devem ter a mesma atividade prioritária: ser ministros e testemunhas do evangelho, que levem outros a Cristo, livrando-os do domínio de Satanás (At 26.18), fazendo-os discípulos, motivando-os a receber o Espírito Santo e os seus dons (At 2.38; 8.17) e ensinando-os a observar tudo quanto Cristo ordenou (Mt 28.19,20). Isto deve ser acompanhado de sinais e prodígios, cura de enfermos e libertação de oprimidos pelos demônios (At 2.43; 4.30; 8.7; 10.38; Mc 16.17,18). Esta tarefa suprema de pregar o evangelho, no entanto, deve também incluir atos pessoais de amor, de misericórdia e de bondade para com os necessitados (cf. Gl 2.10). Deste modo, todos que são chamados a dar testemunho do evangelho servirão na causa divina segundo o modelo de Jesus (Lc 9.2). [9]

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

A ascensão de Cristo e a eleição apostólica de Matias foram os eventos que antecederam o Pentecostes.

III. O PROPÓSITO DE ATOS DOS APÓSTOLOS
Lucas tem pelo menos dois propósitos ao narrar os começos da igreja. (1) Demonstra que o evangelho avançou triunfalmente das fronteiras estreitas do judaísmo para o mundo gentio, apesar da oposição e perseguição. (2) Revela a missão do Espírito Santo na vida e no papel da igreja e enfatiza o batismo no Espírito Santo como a provisão de Deus para capacitar a igreja a proclamar o evangelho e a dar continuidade ao ministério de Jesus. Lucas registra três vezes, expressamente, o fato de o batismo no Espírito Santo ser acompanhado de enunciação em outras línguas (2.1-4.; 10.44-47; 19.1-6). O contexto destas passagens mostra que isto era normal no princípio da igreja, e que é o padrão permanente de Deus para ela.

1. Narrar a expansão da Igreja. No Evangelho segundo Lucas temos o relato de tudo que Jesus começou a fazer e a ensinar no poder do Espírito Santo (Lc 4.1,18). No livro de Atos temos a continuação do relato de como seus seguidores, no mesmo poder do Espírito Santo, proclamaram o mesmo evangelho, operaram o mesmo tipo de milagre e viveram o mesmo tipo de vida cristã. O Espírito Santo reproduzindo a vida e o ministério de Jesus através da igreja é a principal ênfase teológica do livro de Atos. Este livro poderia muito bem ser chamado Os Atos do Espírito Santo . Observe os itens abaixo sobre o registro inspirado do Espírito Santo no livro de Atos. (1) Todo o texto bíblico de Atos, inclusive o das narrativas históricas, tem relevância didática (i.e., ensino) e teológica. Dois fatos confirmam esta verdade. (a) A declaração bíblica de que Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça (2 Tm 3.16). (b) A declaração paulina de que as narrativas do AT têm um propósito didático e instrutivo (1 Co 10.11). Ele afirma que essas narrativas são exemplos de relevância prática e teológica para o crente (Rm 15.4). O que é válido às narrativas históricas do AT também o é a Atos. (2) Os propósitos primários que Lucas tinha em mente ao escrever o livro de Atos eram, portanto, os seguintes: (a) apresentar um padrão definitivo da atividade do Espírito Santo, a ser seguido durante toda a era da igreja; (b) fornecer dados para a formulação de uma doutrina do Espírito Santo; e (c) mostrar como essa doutrina deve relacionar-se com a vida dos crentes em Cristo. Note especificamente dois elementos neste livro que são normativos na teologia e na prática: (i) o registro repetido e harmônico de Lucas das muitas ocasiões em que ocorreu o batismo no Espírito Santo, ou quando os crentes foram cheios do Espírito Santo (ver 2.39; cf. 1.5,8; 2.4; 4.8,31; 8.15-17; 9.17; 10.44-46; 13.9,52; 15.8; 19.1-6); as muitas atividades do Espírito Santo no livro de Atos, que forneceram à igreja os padrões de justiça, de testemunho e do poder que Deus deseja para seu povo nos últimos dias (i.e., na era da igreja). [10]

2. A justificar os Atos dos Apóstolos. O batismo no Espírito Santo não somente outorgou poder para pregar Jesus como Senhor e Salvador, como também aumentou a eficácia desse testemunho, fortalecido e aprofundado pelo relacionamento com o Pai, o Filho e o Espírito Santo (cf. Jo 14.26; 15.26,27). O batismo no Espírito Santo outorgou poder para os crentes testemunharem de Cristo e produziu nos perdidos a convicção do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). Os efeitos desta convicção se tornaram evidentes naqueles que proclamaram com sinceridade a mensagem da Palavra e naqueles que a receberam (At 2.39,40).
3. Estimular aos crentes. O livro de Atos termina de modo repentino, sem nenhuma conclusão formal quanto ao que Deus realizou através do Espírito Santo e dos apóstolos no NT. A intenção de Deus é que os atos do Espírito Santo e a pregação do evangelho continuem na vida do povo de Cristo até o fim dos tempos (At 2.17-21; Mt 28.18-20). Lucas, sob a inspiração do Espírito Santo, revelou o padrão daquilo que a igreja deve ser e fazer. Ele registrou exemplos da fidelidade dos crentes, do triunfo do evangelho em meio a oposição do inimigo e do poder do Espírito Santo operante na igreja e entre os homens. Esse é o padrão de Deus para as igrejas atuais e futuras, e devemos fielmente guardá-lo, proclamá-lo e vivê-lo (2 Tm 1.14). Todas as igrejas devem avaliar-se segundo o que o Espírito disse e fez entre os crentes dos primeiros tempos.

(III. CONCLUSÃO)
Comemorar o centenário da Assembléia de Deus tem grandes motivações para a Igreja e toda sociedade brasileira. Daniel Berg e Gunnar Vingren viveram intensamente o propósito de divulgar o Evangelho e conquistar novos convertidos. Esses verdadeiros ‘profetas da última hora’ foram resignados por Deus para esta obra, e tinham como base para sua evangelização o lema “Jesus Cristo salva, batiza com o Espírito Santo e cura os enfermos.” Afirmação, que ainda hoje, pode ser sentida e vivida. Deus continua a abençoar a sua obra e o escritor de Atos, Lucas, sob a inspiração do Espírito Santo, revelou o padrão daquilo que a igreja deve ser e fazer. Se o poder, a justiça, a alegria e a fé das nossas igrejas atuais não são idênticas às que lemos nas igrejas em Atos, devemos pedir a Deus, mais uma vez, uma renovação da nossa fé no Cristo ressurreto, e um novo derramamento do seu Espírito Santo

APLICAÇÃO PESSOAL
Com a descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes, ocorre uma experiência sobrenatural em que os judeus de outras nacionalidades que estavam presentes na festa ouviram os discípulos falando em seus próprios idiomas, o que chamou a atenção de uma multidão de pessoas para o local onde estavam reunidos. Corajosamente, Pedro inicia um discurso explicando o motivo do acontecimento em que três mil pessoas são convertidas para o cristianismo que foram batizados, passando a congregar levando uma vida de comunitária de muita oração onde se presenciavam prodígios e milagres feitos pelos apóstolos. Após o apedrejamento de Estevão, Saulo de Tarso empreende uma grande perseguição à Igreja em Jerusalém, o que dispersou vários discípulos pelas regiões da Judeia e Samaria, chegando também o Evangelho à Fenícia, Chipre e Antioquia. Algumas obras de Filipe, o Evangelista, são narradas em Atos, entre as quais a sua passagem por Samaria e a conversão de um eunuco etíope na rota comercial de Gaza. Saulo de Tarso ao tentar empreender novas perseguições, converte-se quando viajava para Damasco e tem uma visão de Jesus, ficando cego por três dias, até ser curado quando se encontra com Ananias. Depois destes acontecimentos, a Igreja passa por um período de paz.

Lições para nós:

- A obra de evangelização mundial feita pelos cristãos verdadeiros não pode ser realizada sem a ajuda do Espírito Santo. At 1.8;

- José, de Chipre, era chamado também de Barnabé, que significa “Filho de Consolo”. Talvez os apóstolos tenham lhe dado esse nome por ser ele cordial, bom e prestimoso. Devemos ser como ele, não como Ananias e Safira, que recorreram ao fingimento, à hipocrisia e à desonestidade. At 4.36-5.11;

- Esquivar-se de inimigos para continuar pregando não é covardia. At 9.23-25;

- Se dar testemunho em alguma região ou a certas pessoas se torna perigoso em sentido físico, moral ou espiritual, é preciso ser prudente e seletivo sobre onde e quando pregar. At 9.28-30;

- Durante tempos relativamente pacíficos, devemos nos empenhar em fortalecer nossa fé por meio de estudo e meditação. Isso nos ajudará a andar no temor de YAHWEH por aplicar o que aprendemos e a ser zelosos no ministério que desempenhamos. At 9.31.

N’Ele, que me garante: “Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),


Comentarios do Pb. Francisco A Barbosa, blog Auxilio ao Mestre

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA

[1] BAXTER, J. Sidlow. Examinai as escrituras. Vida Nova:São Paulo. Vol 6, pp.9;

[2] Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Paulinas.

[3] CARSON, D A et al. Atos in Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1997. Pág. 203;

[4] CULLMAN, Oscar. A formação do Novo Testamento. São Leopoldo: Sinodal, 2001. Pág. 37;

[5] BRUCE, FF. The Book of Actos. Grand Rapidis: Londres, 1954. Pág. 5 nota 6;

[6] CARSON, D A et al. Atos in Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1997. Pág. 203;

[7] BRUCE, F. F. O Livro de Atos In: DOUGLAS, J. D. O Novo Dicionário da Bíblia. Tradução de João Bentes, 2a. edição. São Paulo: Vida Nova, 1995. [Veja p. 168];

[8] WALVOORD, John; ZUCK, Roy, The Bilble Knowledge Commentary. Parsons Tecnology;

[9] Bíblia de Estudo Pentecostal, nota textual de At 13.2;

[10] Bíblia de Estudo Pentecostal, nota textual de At 1.1;

- Lições Bíblicas 1º Trim 2011 – Livro do Mestre, CPAD, Atos dos Apóstolos – Até aos confins da terra;

- Stamps, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;

- Bíblia de Estudo Plenitude, SBB.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

PROGRAMAÇÃO DA 40ª AGO DA CGADB EM CUIABÁ - MT


A Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) definiu em 11 de novembro a programação oficial da sua 40ª Assembleia Geral Ordinária, a ser realizada nos dias 12 a 14 de abril de 2011, com abertura do culto solene no dia 12, terça-feira, às 19h, e as plenárias com início às 9h do dia 13, no Grande Templo da Assembleia de Deus em Cuiabá (MT), situado à Avenida Historiador Rubens de Mendonça, 3500, Bairro Bosque da Saúde, Cuiabá.
Cada sessão da Assembleia Geral funcionará no período das 9h às 12h, e das 14h às 17h. Porém, o temário proposto bem como o horário de funcionamento das sessões poderão sofrer modificação, com a inclusão de assunto relevante a ser encaminhado pela Comissão de Temário, mediante publicação de edital suplementar posteriormente.

Na segunda e na terça-feira, dias 11 e 12 de abril, das 9h às 17h, haverá a entrega de material didático aos convencionais inscritos.
Na noite do dia 12, culto de abertura com pregação da Palavra de Deus com o pastor José Wellignton Bezerra da Costa, presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil.

Na manhã e na tarde da quarta-feira, dia 13, os preletores dos devocionais serão os pastores Elienai Cabral, líder da AD em Sobradinho (DF), que ministrará pela manhã antes da primeira sessão convencional ter início; e José Antônio dos Santos, líder da AD em Alagoas, que ministrará à tarde, antes de ser dada continuidade à primeira sessão. Na noite do dia 13, o pregador será o pastor Joel Freire da Costa, presidente da Convenção Fraternal das Assembleias de Deus Brasileiras nos Estados Unidos (Confradeb-EUA).

Na manhã e na tarde da quinta-feira, dia 14, os preletores dos devocionais serão os pastores Carlos Estevam, da AD no Mato Grosso, que ministrará pela manhã antes da segunda sessão convencional ter início; e Ubiratan Batista Job, líder da Convenção da AD no Rio Grande do Sul, que ministrará à tarde, antes de ser dada continuidade à segunda e última sessão convencional. No culto de encerramento, na noite do dia 14, o pregador será o pastor Cláudio Caetano, da Assembleia de Deus em Santa Catarina.

Temário: No temário da AGO de 2011, constam os seguintes temas:

1) Posicionamento da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) quanto à nulidade ou anulabilidade do casamento, união estável e concubinato, e a revisão do posicionamento acerca do divórcio, com leitura de parecer elaborado pela Comissão Especial designada na última Assembléia Geral Ordinária;

2) Ênfase aos princípios pentecostais, face à celebração do Centenário das Assembléias de Deus.

3) Perigos que ameaçam as Assembléias de Deus no Brasil: a) Mornidão; b) Modismos neopentecostais; c) Remoção dos marcos antigos; d) Omissão dos valores eclesiásticos.

4) Homologação de Convenções afiliadas e/ou julgamentos de recursos;

5) Apreciar e deliberar sobre relatórios da Mesa Diretora e do Conselho Fiscal, relativos ao período do mandato, conforme disposto no art. 8º, III, do Regimento Interno.

Inscrições
A inscrição de associados para participarem do evento será realizada no período de 1 de dezembro deste ano até as 18h do dia 12 de fevereiro de 2011, na sede social da CGADB, situada à Avenida Vicente de Carvalho, n° 1083, Rio de Janeiro (RJ), ou pelos telefones (21) 3351-3054, 3351-3387 e 3351-5256, ou ainda pelo site www.cgadb.com.br/inscricao, mediante o pagamento da taxa a seguir discriminada:

1) R$ 300,00 (trezentos reais), incluindo alimentação, hospedagem em instalações cedidas pelas igrejas locais, e a inscrição para o evento, podendo ser parcelada em até três vezes iguais e sucessivas, até 12 de fevereiro de 2011.

2) R$ 120,00 (cento e vinte reais) apenas para a inscrição para o evento, podendo ser parcelado em até duas vezes, até a mesma data acima mencionada. As referidas taxas são irrestituíveis. O valor será depositado no Banco Bradesco, Agência 26-4, Conta Corrente 158.000-0, em cuja hipótese deverá ser a mesma confirmada mediante o envio do comprovante até a data acima aprazada.

3) A taxa de inscrição para presbíteros obedecerá ao mesmo critério da de ministros.

4) A taxa de inscrição para esposas de pastores será de R$ 50,00 (cinquenta reais), sem alimentação e hospedagem.

5) As despesas de locomoção serão suportadas por cada associado.


Fonte: CGADB/Mensageiro da Paz 1.507

terça-feira, 30 de novembro de 2010

LIÇÕES BIBLICAS 2011 - 1º TRIMESTRE

No 1º Trimestre de 2011 estaremos estudando através das Lições Bíblicas da CPAD o tema:


Atos dos Apóstolos: Até aos confins da terra.

A lição será comentada pelo pastor Claudionor de Andrade, e abordará semanalmente os seguintes assuntos:

1. Atos - A Ação do Espírito Santo Através da Igreja
2. A Ascensão de Cristo e a Promessa de Sua Vinda
3. O Derramamento do Espírito Santo no Pentecostes
4. O Poder Irresistível da Comunhão na Igreja
5. Sinais e Maravilhas na Igreja
6. A Importância da Disciplina na Igreja
7. Assistencia Social, Um Importante Negócio
8. Quando a Igreja de Cristo é Perseguida
9. A Conversão de Paulo
10. O Evangelho Propaga-se Entre os Gentios
11. O Primeiro Concílio da Igreja de Cristo
12. As Viagens Missionárias de Paulo
13. Paulo Testifica de Cristo em Roma





Fonte: Blog do Pr. Altair Germano

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

NATAL - Mensagens aos pastores das ADs no Brasil

NATAL - Mensagens aos pastores das ADs no Brasil

Pr. José Wellington Bezerra da Costa

"O anjo, porém, lhes disse: não temais, eis que vos trago boa nova de grande alegria, que será para todo o povo; é que hoje vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”, Lucas 2.10,11.


Com essas entusiásticas palavras, o anjo comunicou aos pastores o nascimento de Jesus. Naquele dia, obrigados por um edito de César, que ordenava que fosse feito o recenseamento do Império, José e Maria, vindos da longínqua Nazaré, chegavam a Belém – ela, exausta de cansaço e ele, cheio de cuidados por ela.

Não achando lugar na hospedaria, tiveram de se abrigar, por aquela noite, em uma estrebaria. Foi nesse lugar sem conforto e nessa aflitiva situação que Maria deu à luz ao seu filho, sem berço para deitá-lo, apenas uma manjedoura onde os pastores o visitaram.

Assim quis o Filho de Deus dar entrada no cenário do mundo. Seus pais, pessoas simples. Por causa da viagem forçada e o acúmulo de gente na cidade, vinda para o recenseamento, não lhe puderam dar ao nascer nenhum conforto. Interessado no homem e não nas coisas do homem – bens ou posições – quis o Senhor que assim fosse para mostrar, desde logo, que esses são valores secundários e até mesmo dispensáveis, mas nas quais os homens, muitas vezes absorvidos, se dedicam, esquecendo-se de Deus e da vida eterna.

O fato mais estupendo da história humana ocorreu assim, com inteira indiferença para os interesses secundários do mundo, bem como para o pecado.

Avisado por um anjo, um grupo de pastores que pastoreavam nos mesmos campos onde Davi outrora apascentava as ovelhas do seu pai foi visitar e honrar o menino cujo nascimento era “uma nova de grande alegria para o povo”. E no instante em que o anjo, cercado de grande luz, dava aos pastores as indicações referentes ao lugar em que nascera Jesus, uma multidão dos exércitos celestiais apareceu louvando a Deus e dizendo: “Glória a Deus nas maiores alturas; paz na terra, entre os homens a quem ele quer bem”.

Dessa maneira, em contraste com a indiferença do mundo, representantes da corte celeste e do escol espiritual de Israel honraram o humilde berço de Belém.

Quero trazer, neste momento, uma mensagem aos pastores do Brasil: “Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma”, 3João 2.

Chegamos ao final de mais um ano nos sentindo felizes por cumprir a nossa tarefa. Foram muitos os obstáculos, mas, com a bênção do nosso bondoso Deus, vencemos a todos eles.

Prezado companheiro, com muita alegria queremos deixar a nossa palavra de agradecimento. O nosso caminho é feito pelos nossos próprios passos, mas a beleza da caminhada depende dos que vão conosco. Você sempre caminhou ao nosso lado. Obrigado pela sua fiel amizade!

Assim, neste novo ano que terá início, que possamos continuar juntos, mais e mais, em busca de um mundo melhor, cheio de paz, saúde, compreensão, amor e muitas bênçãos de Deus.

O nosso desejo é que neste Ano Novo nossas esperanças sejam renovadas, e que possamos cumprir bem a nossa missão que nos confiou o Senhor Jesus de levar ao mundo a doce mensagem da Salvação.

Que o fulgor dos nossos corações unidos intensifique a manifestação de um Ano Novo repleto de vitórias, e que o resplendor dessa chama seja como a tocha que ilumina nossos caminhos na construção de uma vida eterna com Jesus, repleta de alegria.

A todos os nossos companheiros, que temos o mesmo ideal, amigos que já fazem parte da nossa equipe de trabalhos, desejo que as próximas experiências de mais um Ano Novo lhes sejam construtivas, saudáveis e harmoniosas.


Nós, pastores componentes da Mesa Diretora da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), desejamos que a paz e as mais ricas bênçãos dos Céus sejam constantes no seu contínuo despertar, ao lado de sua preciosa família e do rebanho que lhe confiou o Senhor Jesus.

Um feliz 2011! "Prossigamos “para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.14).



Pr. José Wellington Bezerra da Costa
Presidente da AD - Ministério do Belém
CONFRADESP e CGADB


Fonte: AD Belenzinho - SP

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

LIÇÂO 09 - EBD 4º TRIMESTRE

 A ORAÇÃO E A VONTADE DE DEUS

INTRODUÇÃO
Como já estudamos em lições anteriores, a oração é o meio pelo qual nos comunicarmos com Deus. No entanto, nem sempre os nossos desejos estão de acordo com a vontade de Deus. Como podemos, então, conciliar os nossos desejos com a vontade Deus ou como saber se a nossa vontade está de acordo com a vontade dEle? Nesta lição, nós vamos aprender que somente com uma vida de intimidade com Senhor, seguida através do estudo de Sua Palavra e de um viver diário de oração, é que podemos não somente conhecer, mas também estar no centro da perfeita vontade de Deus.

I – A VONTADE DE DEUS
Deus, tem propósitos eternos e absolutos que Ele estabeleceu pelo seu próprio poder. Esta vontade está registrada na Bíblia e faz parte de seus planos para esta humanidade. Podemos assim chamar esta vontade de Deus de geral ou absoluta. Já a vontade de Deus em relação a pessoa do homem em particular está condicionada a obediência que esse homem prestará ao Senhor. A Bíblia refere-se a vontade de Deus de três formas distintas: como Lei, como o querer Dele, e como aquilo que Ele permite que aconteça.
1.1 Como Lei. “Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração” ( Sl 40:8). Neste paralelismo, observe que o salmista Davi identifica a vontade de Deus com a Lei. Todas as leis, tanto naturais como a que está escrita na Bíblia corresponde a vontade de Deus. Nelas podemos ver o seu caráter santo e amoroso com a humanidade.
1.2 O Querer de Deus. O Senhor, na Sua perfeição, é único, absoluto e imutável, e o seu querer pode ser designado como “a Perfeita Vontade” (1Tm 2.4; 2 Pe 3.9). Aquilo quo Senhor estabelece pelo seu poder
ninguém pode invalidar (At 1.7; Jó 42.2).
1.3 Como aquilo que Ele permite que aconteça. A vontade absoluta não se contradiz com o aquilo que Deus permite que aconteça. Observe, por exemplo, a experiência do profeta Jonas: era a vontade de Deus que a mensagem chegasse a Nínive por intermédio do profeta; no entanto, Jonas não queria ir àquela cidade. Assim, Deus decidiu trabalhar na vida do profeta, revelando o seu amor peos moradores de Nínive e provendo meios para que o profeta ali chegasse. Tudo está no comando do Senhor.!

II - BUSCANDO A VONTADE DE DEUS ATRAVÉS DA ORAÇÃO
“Portanto, vós orareis assim: ...Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu...” (Mt 6:10). Quando os discípulos de Jesus pediram para lhes ensinarem a orar, o Senhor lhes ensinou a oração do Pai Nosso. Esta oração é composta por sete petições: três são para glória de Deus (SANTIFICADO SEJA O TEU NOME; VENHA O TEU REINO; FAÇA-SE A TUA VONTADE), três pela nossa alma (E PERDOA-NOS AS NOSSAS DÍVIDAS; NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO; LIVRANOS DO MAL; ) e uma pelo pão ( O PÃO NOSSO DE CADA DIA DÁ-NOS HOJE). Observe que os discípulos foram orientados busca a vontade de Deus através a oração. O “façase a tua vontade” mostra o desprendimento do eu e o grau de renuncia que ele deveriam ter e a dependência de Deus que deveriam possuir. O povo de Deus é exortado da mesma forma (Mt.6.10; Lc 11.2; Rm 15.30-32; Tg 4.13-15). Por meio da oração conseguimos uma intimidade maior com o Senhor, sendo assim conhecer a Deus, é sinônimo de conhecer a sua vontade (Rm.2.17.18). Logo, quando agimos assim na oração, com desejo, sinceridade e temor afim que o Senhor realize a sua perfeita vontade, Ele cuidará de nós (At.18.21; Ico.4.19; 16.7).

III – REQUISITOS PARA ORARMOS DENTRO DA VONTADE DE DEUS
Para orar dentro da vontade de Deus, precisamos:
3.1. Ser filho de Deus – A oração do Pai Nosso nos ensina que ela só poderá ser realizada dentro da vontade de Deus quando há uma relação estabelecida entre quem ora e a quem é dirigida a oração. Neste caso, é preciso ser filho para podermos chamá-lo de Pai (Jo 1:12,13; Rm 8:15, 23; 9:4; Ef. 1:15; Gl 4:1-5).
3.2. Reconhecer a Soberania de Deus – para declarar “(...)Seja feita a tua vontade(...)” requer reconhecimento da soberania e Senhorio de Deus e que nesta relação de Pai e filhos adotivos, a sua vontade sempre será a melhor, logo, a oração é a realização da vontade de Deus em nossas vidas e não o resultado de nossos pedidos egoístas (Rm 1:10;15:32; Tg 4:15);
3.3. Invocar o nome do Senhor ( 2 Cr 7:14) – A oração deve ser dirigida ao Senhor. Jesus informou que
o acesso ao Pai é realizado por meio de Seu nome (Jo 14.13,14; Jo 15.16; Jo 16.23).
3.4. Atitude de humilhação (2 Cr 7:14) – A humilhação é uma atitude de reconhecimento de nossas limitações e dependência divina para realizarmos Sua vontade (Mc 5:22,-24, 41,42; Tg. 4:10; 1 Pe 5:6).
3.5. Atitude de arrependimento – A oração nos leva a reflexão que em todos os momentos precisamos
estar em comunhão com Deus e com o próximo (Mt 6:12; Lc 11:4).
3.6. Atitude de adoração e louvor a Deus – A oração é o momento sublime onde nos colocamos na
presença do Rei para adorá-lo na beleza de sua santidade (2 Cr 1:7-10; 1 Rs 18:36-39; Sl 51:1-17; Mt 6:2; Lc 11:2)

CONCLUSÃO
Estudamos na lição de hoje, que para orar na vontade de Deus, devemos não somente conhecer a sua vontade absoluta e específica para os seus servos, mas devemos está dentro da vontade Dele, que é perfeita e boa para os seus Filhos (Rm 12.2). Para que a nossa oração esteja em correspondência com a vontade do Senhor devemos atentar para os requisitos estudados: fé genuína, em nome de Jesus, na vontade dele, perseverante e coração sincero. Somente assim, alcançaremos as respostas das nossas orações. “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito” (Jo 15.7).

REFERÊNCIAS
· Bíblia de Estudo Pentecostal - CPAD
· Comentário Bíblico NVI – F.F. Bruce – Editora Vida.
· Comentário Bíblico Pentecostal - Novo Testamento – C.P.A.D.
· Boyer, Orlando – Espada Cortante – vol 1 – CPAD.

Postado Inicialmente por: RBC - IEAD Recife - PE

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

LIÇÃO 08 - EBD 4º TRIMESTRE


LIÇÃO 08 – A ORAÇÃO SACERDOTAL DE JESUS CRISTO

INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos uma das mais notáveis orações da Bíblia e que está registrada no capítulo 17 de João. Nessa oração, o Senhor Jesus orou por si próprio (Jo 17.1-5), por seus discípulos (Jo 17.6-19), e por toda a igreja (Jo 17.20-26), revelando os seus anseios mais profundos e deixando-nos um grande exemplo de uma oração intercessória.

I – A MAIOR ORAÇÃO INTERCESSÓRIA DA BÍBLIA
Oração intercessória é aquela que fazemos em benefício de outras pessoas. O termo “intercessão” deriva-se do latim, “intercessionem” e significa “súplica em favor de outrem”. A intercessão pressupõe sofrer com os que sofrem, chorar com os que choram e tomar, como se fossem nossas, as dores alheias. É dizer a Deus que nos importamos com o sofrimento do próximo. Encontramos diversas orações intercessórias na Bíblia, tais como: a oração de Abraão por Sodoma e Gomorra (Gn 18.23-33); e os exemplos de Moisés, Samuel, Salomão e Jeremias, que intercederam pela nação de Israel (Ex 32.11-14; I Sm 12.23; II Cr 6.12-42; Jr cap. 14,15); porém, nenhuma delas foi tão profunda e tão perfeita quanto a de Cristo, pois, ao contrário dos demais, Ele não intercedeu apenas por uma cidade ou nação, e sim, pelos cristãos do mundo inteiro (Jo 17.20-26).

II – A ORAÇÃO DE JESUS POR SI MESMO
Ao orar em seu próprio favor, o Senhor Jesus diz:
· “Pai” (Jo 17.1). Era comum, em suas orações, Jesus dirigir-se a Deus, como Pai (Mt 11.25; Lc 22.42; 23.46; Jo 17.5,11,24; 11.41; 12.27,28), demonstrando, assim, a convicção de sua filiação com Deus. No versículo onze desse mesmo capítulo, Ele se dirige a Deus como Pai Santo e, no versículo vinte e cinco, como Pai Justo. · “É chegada a hora” (Jo 17.1). A que hora o Mestre se referiu? A hora pela qual Ele tinha vindo ao mundo para morrer na cruz, ser sepultado e ressuscitar para concluir a obra da redenção. Em ocasiões anteriores, a Bíblia diz que tentaram prendê-lo, mas não conseguiram porque ainda não era chegada “a hora” (Jo 7.30; 8.20); mas, ao aproximar-se aquela “hora” Jesus advertiu aos seus discípulos (Jo 12.23); e, ao orar, Ele tinha convicção de que aquela “hora” era chegada (Jo 17.1).
· “Glorifica a teu filho, para que também o teu filho glorifique a ti” (Jo 17.1). Quando Jesus pediu ao Pai: “glorifica-me”, Ele estava, na verdade, pedindo de volta o que ele já tinha antes que o mundo existisse (Jo 17.1,5), e, por ocasião de Sua encarnação, Ele havia se esvaziado (Fp 2.7,8), mas, após a Sua ressurreição, Ele retornou ao lugar de onde viera (At 1.10,11; Ef 1.20-22; Fp 2.9-11).
· “Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste. E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (Jo 17.2,3). Nessa oração, Jesus também revela que a vida eterna é mais que a existência sem fim. É uma qualidade especial de vida que o crente recebe, à medida
que ele compartilha da vida de Deus por meio de Cristo. Isto fala tanto de uma realidade presente (Jo 5.24; 10.27,28); como de uma esperança futura (Mc 10.30; Jo 14.3; Tt 1.2; 3.7; II Tm 1.41).
· “Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer” (Jo 17.4). Em sua oração, Jesus falou como se sua missão já tivesse sido cumprida, embora que Ele ainda não houvesse enfrentado a cruz. No entanto, Ele tinha a convicção que nada o impediria de consumar a obra que o Pai lhe havia entregue (Mt 16.21; 20.18-20; 26.53; Jo 10.11,17,18).

III – A ORAÇÃO DE JESUS POR SEUS DISCÍPULOS
Depois de orar por si mesmo, Jesus orou por seus discípulos, para que eles tivessem alegria completa (Jo 17.13), para que Deus os livrasse do mal (Jo 17.15) e para que eles fossem santificados (Jo 17.17). Jesus rogou ao Pai, dizendo:
· “Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste... e creram que me enviaste” (Jo 17.6-8). Jesus tinha plena consciência de que havia cumprido a sua missão de fazer com que seus
discípulos cressem em Deus, pois, Sua incumbência, era revelar o Pai (Jo 11.42; 14.1,2; 17.26).
· “Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus” (Jo 17.9). Jesus deixa bem claro que sua oração, nessa ocasião, não era pelo mundo inteiro, e sim, por aqueles que creram Nele, guardaram a Sua Palavra e pertenciam a Deus (Jo 17.6,8.14-16).
· “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo” (Jo 17.14). Três verdades Jesus revela nesse texto: a primeira é que Ele havia entregue a seus discípulos a Palavra de Deus (Jo 8.28; 17.8); a segunda, que o mundo os havia odiado (Jo 15.18,19; I Jo 3.13); e, a terceira, é que os discípulos não são do mundo, como Jesus também não é (Jo 8.23; 17.16).
· “Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17). Jesus orou também pela santificação dos seus discípulos. Santificar, do grego hagiasmos, significa “tornar santo” ou “separar”. Os filhos de Deus são santificados mediante a fé (At 26.18), pela união com Cristo mediante a sua morte e ressurreição (Jo 15.4-10; Rm 6.1-11; I Co 1.30), pelo sangue de Cristo (I Jo 1.7-9), pela Palavra de Deus (Jo 17.17) e pelo poder do Espírito Santo (I Co 6.11; II Ts 2.13; I Pe 1.2).

IV - A ORAÇÃO DE JESUS POR TODA IGREJA
Finalmente, Jesus orou por aquele que ainda havia de crer:“E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim” (Jo 17.20). Ele intercedeu, dizendo:

· “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17.21). Jesus orou pela unidade da igreja, ou seja, uma unidade espiritual, baseada na permanência nEle (Jo 17.23), no Seu amor (Jo 17.26), na separação do mundo (Jo 17.14-16) e na obediência à sua Palavra (Jo 17.6). Esta unidade é mantida pela lealdade à verdade e o andar segundo o Espírito (Ef 4.1-3,14,15; Gl 5.22-26).

· “Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo” (Jo 17.24). Jesus também externa ao Pai o seu desejo de que aqueles que viessem a crer nEle pudessem estar com Ele. Isto porque, por causa de sua ascensão, Ele retornaria ao Pai e não estaria fisicamente com eles, embora que esteja, espiritualmente, pelo Espírito Santo em nós (Mt 28.20; Jo 14.23).

· “E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja” (Jo 17.26). Jesus finaliza essa oração, desejando que o amor de Deus esteja em nós. Isto porque o amor a Deus e ao próximo é o maior de todos os mandamentos (Mt 22.35-40); a evidência do novo nascimento (I Jo 3.10,14; 4.20); a principal característica do cristão (Jo 13.35); e é pelo amor que demonstramos que conhecemos a Deus (I Jo 4.8).

CONCLUSÃO
A oração intercessória de Jesus pode ser resumida em quatro palavras: glorificação, segurança, santidade e unidade. Nos cinco primeiros versículos a ênfase está em sua glorificação. Depois o Mestre orou pelos discípulos, por sua alegria, segurança e santidade. Finalmente, Ele orou por todos nós, por nossa unidade, comunhão com Ele e pela permanência de Seu amor em nós.

REFERÊNCIAS:
· Bíblia de Estudo Pentecostal. Donald C. Stamps. C.P.A.D.
· A Oração Intercessória de Jesus. Warren W. Wiersbe. C.P.A.D.
· Orações Notáveis da Bíblia. Jim George. C.P.A.D.
· O Novo Testamento Interpretado Versículo Por Versículo. R.N. Champlin. HAGNOS.

Postado Por: IEAD Recife - Rede Brasil de Comunicação

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

LIÇÃO 7 - EBD - 4º TRIMESTRE 2010

A ORAÇÃO DA IGREJA E O TRABALHO DO ESPÍRITO SANTO

O ministério da oração desenvolvido pela igreja é fundamental para o êxito e crescimento do povo de Deus. Entre as poderosíssimas armas que a igreja possui está a oração, pois, existem inúmeras situações que só podem ser superadas pelo poder da oração. Para que a igreja seja bem sucedida por meio da oração ela precisa contar com a poderosa influência do Espírito Santo. É uma grande ilusão da parte de algumas lideranças eclesiásticas alimentarem o sentimento da auto-competência, atribuindo o êxito de suas igrejas muito mais a capacidade deles do que um resultado direto da oração da igreja ajudada pelo Espírito Santo. Paulo ensina que se alguém não tem Espírito Santo, esse tal não pertence a Cristo, "Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele" Rm 8.9, e consequentemente também não pertence a igreja. Então não podemos pensar na igreja como um organismo espiritual sem a presença e selo do Espírito Santo, pois é Ele que autentica essa instituição como igreja do Deus vivo.

O Espírito Santo é a essência vivificante da igreja, escrevendo aos Efésios 2.1"E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados", o apóstolo Paulo diz que em outro tempo estávamos mortos em nossos delitos e pecados, porém, Deus mandou o Espírito Santo fazer habitação em nós e nos vivificou. Está é a grande diferença entre aqueles que servem a Deus e os que não o servem, pois o Espírito Santo Testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus, promovendo no âmago de nossas almas um testemunho interno da nossa relação com o Senhor. O Espírito Santo também cria em nós um grande interesse pelos negócios do reino de Deus, Ele nos motiva ao estudo das Escrituras e a uma vida de constante oração. Uma igreja que atenta para o trabalho Espírito Santo é uma igreja que enfatiza o estudo e reflexão da palavra do Senhor, a oração, o jejum, e uma vida moral compatível com a ética do reino. Conforme o apóstolo Paulo o Espírito Santo não só ora conosco como também intercede pelas nossas fraquezas, Rm 8.26 "E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis".

Jesus e se apresentou como a única verdade que pode reconciliar o homem com Deus. "Eu sou o caminho a verdade e a vida", e em outro momento ele ensinou que essa verdade agora plenamente revelada nele haveria de ter continuidade no mundo por meio da igreja e o trabalho do Espírito Santo seria imprimir essa verdade na existência da igreja, " Eu vou mas não vos deixarei órfãos, enviarei o consolador e Ele vos guiará por toda verdade". Infelizmente estamos vendo uma grande parte das lideranças evangélicas nesse país que podem ser enquadrados nesse propósito do espírito, pois, são extremamente contraditórios e as vezes descaradamente mentirosos e contenciosos. Tem muita gente de nome por ai que abandonou o compromisso com verdade, porque os interesses terrenos falam mais alto e prevalecem diante dos interesses do Espírito Santo.

A igreja possui os dons do Espírito Santo
Quanto maior for a relação de intimidade da igreja com o Espírito Santo, maior será a sensibilidade dos crentes para a manifestação dos dons do Espírito. Uma contínua consciência da habitação do Espírito Santo nos habilita para desenvolvermos uma eficiente percepção da obra que Ele se propõe realizar diariamente em nossas vidas por meio da operação dos dons. O Espírito Santo trabalha na igreja para que por dela o mundo possa distinguir entre o certo e o errado, pois ela reflete a verdade que é Cristo. O Espírito Santo que utilizar a igreja como um canal para realizar as poderosas obras de Deus e abençoar muitas vidas através do dom de discernimento; o dom da cura, o dom da profecia e todos os outros dom, porém é necessário que o povo de Deus esteja em harmonia com esse projeto do Espírito, orando constantemente para que todos os impedimentos a obstáculos á obra Dele sejam removidos.

A igreja deve orar para que todos os crentes recebam a plenitude do Espírito em suas vidas.
Paulo apresenta essa necessidade como um andamento: "enchei-vos do Espírito". Primeiro observamos que trata-se de um imperativo."enchei-vos" não é uma sugestão que pode ser tentada, uma recomendação branda, uma advertência educada. È uma ordem que Cristo nos dá, com toda autoridade de um dos apóstolos que ele escolheu. A plenitude do Espírito não opcional, mas obrigatória para o cristão. Os dois imperativos de Efésios 5.18, tanto a proibição como a ordem, são escritos para toda comunidade cristã. Eles têm aplicação universal. Nenhum de nós deve embriagar-se;todos devemos ser cheios do Espírito. Enfaticamente, a plenitude do Espírito Santo não é um privilégio reservado para alguns, mas uma obrigação de todos. Assim como a exigência de sobriedade e domínio próprio, a ordem de buscar a plenitude do Espírito é dirigida a todo o povo de Deus, sem exceção.

Postado Por: Ev. Vicente de Paulo - Blog Pensando Teologia

LIÇÃO 6 - EBD - 4º TRIMESTRE 2010

IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO NA VIDA DO CRENTE

INTRODUÇÃO
A oração está entre as mais antigas práticas da humanidade, o que faz dela algo elementar e intuitivo. A oração é a expressão mais íntima da vida cristã, o ponto alto de toda experiência religiosa genuinamente espiritual. De todas as criaturas de Deus, somente os seres humanos oram; a oração é estritamente pessoal. Ela é um dom de Deus para nós, o nosso elo com o Criador. A compreensão da natureza da oração e de sua importância para nos tonarmos representantes efetivos de Cristo é de caráter indispensável para cada servo de Deus.

I - DEFININDO A ORAÇÃO
Oração (Heb. Tefilah, gr. proseuchomai, e do latim oratiomen)- Segundo o Dicionário Teológico de Claudionor Corrêa de Andrade, oração é uma “prece dirigida pelo homem ao seu Criador com o objetivo de: 1) Adora-lo como Criador e Senhor de tudo quanto existe; 2) Pedir-lhe perdão pelas faltas cometidas; 3) Agradecer-lhe pelos favores imerecidos; 4) Buscar proteção e uma comunhão mais íntima com Ele; Colocar-se à disposição de seu reino”. Em síntese, podemos dizer que a oração é o meio de comunicação com Deus.

II - A ORAÇÃO COMEÇA COM A CONVERSÃO
Podemos afirmar que, ao passo que iniciamos a vida cristã, também começamos a orar. Quando o pecador sente a amorosa chamada de Deus (Pv 23.26), ele aproxima-se de Deus e pede-lhe perdão de seus pecados (Sl 32.5; Jr 33.8), o que constitui sua primeira oração, ele é perdoado, e experimenta a verdadeira conversão (Is 55.3). Neste momento, o Espírito Santo estabelece morada nele (Rm 8.9; I Co 6.19), o qual passa a sentir o intenso desejo de orar: “...derramarei o Espírito de graça e de súplicas...” (Zc 12.10). A partir de então, o ente divino que habita no crente faz com que ele sinta suas fraquezas e passe a viver uma vida de oração.

III - PORQUE DEVEMOS ORAR?
O cristão deve entender que a oração, assim como a leitura da Palavra, é algo indispensável ao seu desenvolvimento espiritual. É como a alimentação de uma criança, que determinará sua estatura, sua saúde, atividade mental, et,. Se a criança tem uma alimentação deficiente, ela terá problemas de raquitismo, baixa imunidade, anemia, etc. Além do desenvolvimento espiritual, devemos orar porque:
1) A oração é um mandamento bíblico (I Cr 16.11; Is 55.6; Am 5.4,6; Mt 26.41; Lc 18.1; Jo 16.24).
2) É o meio pelo qual recebemos as bênçãos de Deus (Lc 11.5,13; At 1.14).
3) Na oração falamos com Deus, e Ele se faz presente (Dt 4.7).
4) Na oração Deus fala conosco (II Co 12.9,10).
5) Recebemos ajuda divina (Hb 4.16).
6) Alcançamos o que pedimos (Mt 7.7,8).

IV - A ORAÇÃO DEVE SER UM HÁBITO DO CRISTÃO
A vida consiste de hábitos, tanto bons quanto maus. Os hábitos mais produtivos são fruto da disciplina, prática, e aplicação. Enquanto a oração não for um hábito bem firmado e não tiver se tornado parte do estilo de vida do crente, sua vida será infrutífera e sem efeito apreciável. Os grandes homens de oração da Bíblia foram pessoas de rígidos hábitos de oração. O rei Davi escreveu: “De tarde e de manhã e ao meio dia orarei; e clamarei; e ele ouvirá a minha voz” (Sl 55.17). A respeito de Daniel foi escrito: “Entrou em sua casa (ora havia em seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e
orava, e dava graças, diante do seu Deus, como antes costumava fazer” (Dn 6.10). Daniel tinha hábitos de oração tão fixos, que nenhuma circunstância da vida tinha permissão para interrompê-los. Orações regulares era um costume habitual entre os judeus, pois estabeleciam três períodos de oração para todos os dias como nos casos citados de Davi e Daniel. Nos tempos neotestamentários, esses horários eram às nove horas da manhã, às três da tarde e ao pôr do sol. Embora, para alguns a prática tivesse se deteriorado para nada mais do que um ritual (Mt 6.5,16). Para a igreja primitiva, os horários fixos de oração foram seguidos fielmente. Somos informados de que “Pedro e João subiam juntos ao templo à ora da oração, a nona” (At 3.1), ou seja, às três da tarde. Nosso objetivo com isto, não é estimularmos a fixação destes horários de oração seguidos pelos cristãos de Jerusalém, até porque estes horários fazem parte de um contexto social totalmente diferente do nosso. Porém, cada crente, por iniciativa própria, deve estabelecer um hábito pessoal de oração, de acordo com sua realidade (I Ts 5.17).

V - IMPEDIMENTOS À ORAÇÃO
Há impedimentos à oração? Por que muitas de nossas orações não são respondidas? Estas são perguntas comuns entre os servos de Deus. De acordo com o princípio bíblico esposado pelo próprio Senhor Jesus em Mateus 7.7,8, há uma garantia de resposta às orações feitas por nós, ao nosso Pai celestial. Mas, existem situações em que estas orações não são atendidas, pois ferem os desígnios de Deus, e a realização de Sua vontade em nossas vidas, e das pessoas que nos cercam (Mt 7.9-12).

Vejamos algumas situações em que as orações são impedidas:
· Quando pedimos erroneamente (Tg 4.3).
· Quando a oração é interesseira (Mt 20.20-28).
· Quando pedimos sem fé, ou duvidamos (Tg 1.5,6; Hb 11.6).
· Quando estamos fora da vontade de Deus (I Jo 5.14).
· Quando pedimos o que não convém (Rm 8.26).
· Quando não perdoamos (Mt 18.15-22; Mc 11.25,26).
· Quando os cônjuges não se entendem (I Pe 3.7).
· Quando há desavenças familiares (Ef 5.22-25,28-34).
· Quando há pecados não confessos (Is 59.1,2).

De acordo com estas verdades, podemos afirmar que nossas orações serão atendidas se:
· Reconhecemos nossas imperfeições (II Cr 7.13,14).
· Confessamos nossos pecados (Pv 28.13).
· Nos humilhamos (Pv 16.8; Tg 4.6).
· Perdoarmos (Mt 6.14,15).
· Tivermos comunhão (Sl 133; I Jo 4.7,8).
· Tivermos compromisso (Jo 15.13-16).
· Respeitarmos às pessoas (I Tm 5.1-8).
· Amarmos (I Co 13.1-8; Jo 15.12).
· Aceitarmos a vontade de Deus (Mt 7.21; Rm 12.1,2).
· Confiarmos em Deus (Hb 11.6; Rm 1.17).

VI - ELEMENTOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO
A Bíblia é riquíssima em informações sobre a oração e suas nuanças, tanto no A.T. como no N.T., porém, queremos registrar aqui, de forma bem sucinta, alguns elementos que são essenciais à oração, são eles:
· Ação de graças – Nossas orações devem começar com agradecimento à Deus pelo que Ele tem feito por nós. As ações de graças eram parte importante nas orações bíblicas e nos Salmos, tal como deveriam ser em nossas orações. A falta de gratidão é um inimigo sutil da alma, que conduz ao egoísmo (Rm 1.21; Sl 30.12; 69.30; 116.17).
· Louvor e adoração – Deus, deve ser louvado e adorado em nossas orações. Amados, nossas orações não devem ser frias e decoradas. Ao orarmos, deve brotar de nossos corações uma adoração profunda e sincera como acontecia com o salmista Davi (Sl 9.1,2; 18.1-3; 92,1-5; 145.1-3).
· Intercessão – Vem do hb. Pãga, (“encontrar-se”, “pleitear”, “interceder diante dele”, e ocorre 46 vezes no A.T.) e do gr. entunchano (“apelar a”, “fazer intercessão”, “orar”) e resume-se no ato de pedir a Deus em favor de outrem. Ao orarmos, não devemos chegar primeiro com aquela “lista” enorme de pedidos pessoais, devemos pedir pelas outras pessoas também, pois isto demonstra amor e misericórdia diante de Deus. Lembremo-nos, que “o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía.” (Jó 42.10).
· Submissão – A submissão é meio para a oração eficaz, o cristão submisso aceita humildemente a autoridade e o senhorio daquEle a quem está orando. Não obstante o cumprimento desta condição prévia, o cristão precisa igualmente submeter-se aos líderes que Deus colocou acima dele (Hb 13.17).
· Súplica – é o ato de fazer humildes e intensos rogos pedindo o favor especial de Deus (I Rs 8.33,34; Sl 30.8).
· Petição – As petições são os nossos pedidos pessoais, que podem ser os mais variados possíveis, é a nossa “lista” de necessidades, como citamos acima (Mt 6.32; Sl 40.17; 107.41; Fp 4.19).

CONCLUSÃO
Concluímos afirmando que a oração é apropriada em qualquer tempo e lugar. Não precisa de cerimonialismo, de vocabulário rebuscado, ou de grandes catedrais para se ter uma audiência com o Todo Poderoso! Quando um crente sincero dirige-se ao Pai, a oração pode ser feita diante da pia da cozinha ou numa rua movimentada, a bordo de um avião ou diante do volante de um automóvel; no interior ou na capital; num lugar solitário ou junto de uma multidão inquieta; na cova dos leões ou à margem de um riacho, em um quarto cheio de janelas ou em um santuário, em uma poltrona confortável ou no ventre de um peixe, de uma coisa temos certeza: o Senhor está com seus ouvidos abertos para nos ouvir e enviar-nos socorro direto do seu trono, diante do qual estão as miríades de seres angelicais que o servem e cumprem as suas ordens (Hb 1.7,13), Amém!

“A oração é a respiração da alma” (Dwigth L. Moody)
“Orai sem cessar” (Apóstolo Paulo)
“Vigiai e Orai” (Jesus Cristo)

REFERÊNCIAS:
· Bíblia de Estudo Pentecostal – 1995 – CPAD.
· Lições Bíblicas – Jovens e Adultos – 1998 à 2004 – CPAD.
· O Espírito Nos Ajuda a Orar – Robert L. Brant e Zenas J. Bicket. CPAD.
· Dicionário Teológico – Claudionor Corrêa de Andrade – 13ª Edição 2004 – CPAD.
· Tesouro de Conhecimentos Bíblicos – Emílio Conde – 5ª Edição 2000 – CPAD.

Postado Por: Rede Brasil de Comunicação - Recife - PE

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

LIÇÃO 05 - EBD 4º TRIMESTRE

LIÇÃO 05 – ORANDO COMO JESUS ENSINOU


INTRODUÇÃO
“Ensina-nos a orar...” (Lc.11.1) esse foi um pedido dos discípulos do Senhor. Mas qual a razão deles em rogar um ensino sobre oração, já que os judeus da época de Jesus eram um povo religioso e as orações
eram realizadas nas praças das cidades? A verdade é que a maneira como Jesus orava mostrava intimidade
com o Pai, diferentemente dos fariseus que se exibiam nos locais públicos com suas orações mecânicas e cheias de vãs repetições. A vida de oração de Jesus revelava não só uma prática diária, mas um relacionamento profundo com Deus. Os discípulos queriam aprender isto. Então, o Mestre dos mestres
começou a ensinar. Vejamos como:

I – JESUS NOS ENSINA A ORAR SEM HIPOCRISIA
Infelizmente, a hipocrisia estava presente na vida dos fariseus e isto irradiava-se para a sociedade
judaica como um todo: nas esmolas (Mt. 6.2); no jejum (Mt. 5.6); nos julgamentos (Mt. 7.5); nas ofertas (Mt.23.23) e nas orações.“E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em
pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.” (Mt 6.5). De pé era a postura aceita pelos judeus para realizarem suas orações. Jesus não está condenando a maneira que eram feitas as orações e nem tão pouco a oração pública; o nosso Senhor e a igreja primitiva oraram publicamente (Mt 11.25,26; Jo 11.41-42; 17:1; At. 4.24,31; At. 1:14). O Senhor está condenando aqui neste texto as más intenções dos fariseus que usavam o ato de orar para exibir uma espiritualidade e comunhão que eles não tinham.
Outra advertência feita por Jesus era que se evitasse as vãs repetições: “E, orando, não useis de vãs repetições” (Mt.6.7). O termo grego citado nesse texto é “battalogeo” e tem o significado de “balbucio
ininterrupto” e significa também “conversa tola” ou “tolice”. O que está em questão não são simplesmente as
repetições, mas a relação com o paganismo dos povos estrangeiros. Essas práticas de repetições nas
orações que os gentios faziam às suas divindades eram muito comum na época de Jesus. Diferentemente dos fariseus, que eram exibicionistas nas sua práticas religiosas, o Senhor Jesus  ensina a seus discípulos e a nós como devemos nos portar em oração: “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará. (Mt.6.6).
* “entra no teu aposento” - não necessariamente no quarto, mas o local onde podemos ficar a sós
com Deus. O quarto de oração de Jesus era o monte e o deserto (Mc 1:35; Lc 6:12); de Isaque, era o
campo (Gn 24:63); de Davi, o quarto de dormir (Sl 4:4); de Pedro, o eirado (At 10:9); de Ezequias, o
rosto virado para a parede (II Rs 20:2). e o seu qual é ? você tem este local?
* “fechando a tua porta” - quer dizer se desligar do mundo e tudo aquilo que impede uma comunicação direta com Deus. (Tg 4.1). Quando fechamos a porta não há espaço para as obras da carne (Gl.5.19). O ensino que o Senhor Jesus quer deixar: é que a oração verdadeira que Deus ouve não comunga com a hipocrisia e com a idolatria. As atitudes de como se apresentar perante Deus ensinadas por Jesus visam mostrar que a glória de tudo pertence a Deus; que vê o que está em oculto e nos recompensa.

II – JESUS NOS ENSINA A ORAR HONRANDO A DEUS
“Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu.” (Mt.6.9).
* Honrando a Deus como Pai. O termo grego usado nessa passagem Bíblica é “Aba” que significa “paizinho”. Isto nos mostra o estado de filiação que temos com Ele (1 Jo 3.1). Revela o grau de  intimidade entre Deus e os Seus filhos. Uma coisa é chama-Lo de “pai” e outra é chama-Lo de “paizinho”; mostra submissão e dependência ao Senhor.
* Honrando a Deus como Santos. A verdadeira vida cristã é inseparável da santidade (Lv.11.44). Ser santo significa ser separado; e tudo aquilo que é separado muda de valor. Se horarmos o Senhor como santos, ele ouvirá nossas orações e súplicas.

III– JESUS NOS ENSINA A ORAR PEDINDO PELAS NOSSAS NECESSIDADES
A oração modelo proposta por Jesus aos discípulos é composta por sete petições: três são para glorificar a Deus (Santificado seja o Teu Nome; Venha o Teu Reino; Faça-se a Tua vontade); três pela nossa alma(Perdoa-nos as nossas dívidas; Não nos deixes cair em tentação; Livra-nos do mal); e uma pelo pão (O pão nosso de cada dia da-nos hoje). Analisando estas petições, podemos ver que um dos principais ensinos dessa oração é : "Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." (Mt 6:33); por isso, só há uma petição pelo pão nosso de cada dia. O termo “de cada dia” (epiousios) é raro no NT e pode significar: amanhã. Assim, pedir o pão de cada dia é rogar a Deus que supra nossas necessidades de hoje e do dia seguinte – é depender do Senhor sabendo que tudo aquilo que
recebemos é Dele.
* Deus sabe o que precisamos antes mesmo que peçamos (Mt. 6.8), orando Ele se compraz em responder as orações.
 * O cristão não deve pedir riqueza; muito menos, pobreza (Pv. 30.8,9), mas somente o necessário, não
para entesourar, ou para viver ansiosamente (Mt. 6.19-31), e sim, dependendo do Senhor, que nos dá
o que precisamos (Mt. 6.32-34).
* Pedir que Ele nos perdoe, mas também precisamos perdoar aqueles que nos ofenderam (Mt. 6.14,15;
11.25; 18.21,22, 35), muito mais do que sete vezes (Mt. 18.21,22).
* Devemos pedir também que o Senhor nos livre do mal, isto é, do Maligno (Jo. 17.15).

IV – JESUS NOS ENSINA A ORAR GLORIFICANDO A DEUS
“...porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.” Mt.6.13). Glorificar a Deus na
oração é reconhecer a Soberania do Senhor sobre tudo (Sl 89.11; Sl 145.12; Is. 66.1). É tornar-se dependente Dele, pois sem Ele nada podemos fazer (Jo.15.5). É aceitar os seus propósitos eternos (Jó 42.2), sabendo que os caminhos que Ele tem traçado para nós é melhor e maior que o nosso (Is. 55.8). É ter a certeza que o  Senhor está no controle de tudo, mesmo quando as nossas orações não são respondidas. É a vontade de Deus que deve prevalecer e não a nossa quando estamos orando (Mt 6.10; 26.42). Glorificar não é simplesmente pronunciar a palavra glória, é ter a convicção profunda que o reino e todo poder pertencem a Deus, sendo Ele o único a merecer isso (Mt.28.18).
O Amém, que finaliza a oração do Pai nosso, não deve ser entendido como um ponto final, mas deve
ser compreendido como uma confirmação de tudo que foi dito anteriormente no esboço da oração modelo
ensinada por Jesus a seus discípulos. Desta forma, o Senhor Jesus afirma a maneira correta de chegar-se a
Deus através da oração.

CONCLUSÃO
Colocando em prática esses princípios dos ensinamentos de Jesus acerca da oração: orar sem hipocrisia, honrando a Deus e glorificando o seu eterno poder, podemos assim, apresentar todas as nossas
necessidades diante Dele que, com certeza, o Senhor nos ouvirá e mandará a resposta. “Se vós estiverdes
em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. ” (Lc.15.7). A vivência desses ensinamentos do modelo da oração proposta por Jesus conduz o crente a uma vida vitoriosa e mais íntima com Deus.

REFERÊNCIAS

· Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal - João Ferreira de Almeida – C.P.A.D.
· Comentário Bíblico NVI – F.F. Bruce – Editora Vida.
· Comentário Bíblico Pentecostal - Novo Testamento – C.P.A.D.
· Boyer, Orlando – Espada Cortante – Vol 1 – C.P.A.D.
 
Postado inicialmente por: Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Recife / PE  - Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais - RBC

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

DEPUTADOS CRISTÃOS ELEITOS - FEDERAIS E ESTADUAIS

ASSEMBLEIA DE DEUS
01) Antonia Lucia (AC) – PSC (eleita)
02) Silas Câmara (AM) – PSC (reeleito)
03) Sabino Castelo Branco (AM) – PTB (reeleito)
04) Fátima Pelaes (AP) – PMDB (reeleita)
05) Erivelton Santana (BA) – PSC (eleito)
06) Pastor Ronaldo Fonseca (DF) – PR (eleito)
07) Cantora Lauriete (ES) – PSC (eleita)
08) João Campos (GO) – PSDB (reeleito)
09) Zé Vieira (MA) – PR (reeleito)
10) Zequinha Marinho (PA) – PSC (reeleito)
11) Pastor Francisco Eurico (PE) – PSC (eleito)
12) Delegado Fernando Francischini (PR) – PSDB (eleito)
13) Pastor Hidekazu Takayama (PR) – PSC (reeleito)
14) Filipe Pereira (RJ) – PSC (reeleito)
15) Liliam Sá (RJ) – PR (eleita)
16) Nilton Capixaba (RO) – PTB (eleito)
17) Marcos Rogério (RO) – PDT (eleito)
18) Ronaldo Nogueira (RS) – PTB (eleito)
19) Pastor Paulo Freire (SP) – PR (eleito)
20) Missionário José Olímpio (SP) – PP (eleito)

IGREJA BATISTA
01) Arolde De Oliveira (RJ) – DEM (reeleito)
02) Sérgio Brito (BA) – PDT (reeleito)
03) Sueli Vidigal (ES) – PDT (reeleito)
04) Edvaldo Holanda Jr (MA) – PTB (eleito)
05) Lourival Mendes (MA) – PT do B (eleito)
06) Audifax Barcelos (ES) – PSB (eleito)
07) André Zacharow (PR) – PMDB (reeleito)
08) Neilton Mullim (RJ) – PR (reeleito)
09) Gilmar Machado (MG) – PT
10) Leonardo Quintão

IGREJA BATISTA SOLIDÁRIA
01) Lincoln Portela (MG) – PR (reeleito)

IGREJA BATISTA GETSEMANI
01) Walter Tosta – (MG) – PMN (eleito)

IGREJA UNIVERSAL
01) Antônio Bulhões (SP) – PRB (reeleito)
02) Jonathan de Jesus (RR) – PRB (eleito)
03) Pastor Heleno (SE) – PRB (eleito)
04) Otoniel Lima (SP) – PRB (eleito)
05) Márcio Marinho (BA) – PRB (reeleito)
06) George Hilton (MG) – PRB (reeleito)
07) Vitor Paulo (RJ) – PRB (eleito)

IGREJA PRESBITERIANA
01) Henrique Afonso (AC) – PV (reeleito)
02) Leonardo Quintão (MG) – PMDB (reeleito)
03) Edmar Arruda (PR) – PSC (eleito)
04) Benedita da Silva (RJ) – PT (eleita)
05) Antony Garotinho (RJ) – PR (eleito)
06) Edinho Araújo (SP) – PMDB (eleito)
07) Vaz de Lima (SP) – PSDB (eleito)

IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR
01) Jefferson Campos (SP) – PSB (eleito)
02) Josué Bengtson (PA) – PTB (eleito)
03) Mario de Oliveira (MG) – PSC (reeleito)
04) Lindomar Garçon (RO) – PV (reeleito)

IGREJA INTERNACIONAL DA GRAÇA
01) Jorge Tadeu (SP) – DEM (reeleito)
02) Dr. Grilo (MG) – PSL (eleito)
03) Dr. Adilson Soares (RJ) – PR (reeleito)

IGREJA MARANATA
01) Manato (ES) – PDT (reeleito)
02) Andréia Zito (RJ) – PSDB (reeleita)

IGREJA METODISTA
01) Walney rocha – (RJ) – PTB (eleito)

IGREJA LUTERANA
01) Onyx (RS) – DEM (reeleito)


IGREJA CRISTÃ DO BRASIL
01) Bruna Furlan (SP) – PSDB (reeleita)

IGREJA RENASCER
01) Marcelo Aguiar (SP) – PSC (reeleito)

IGREJA AVIVAMENTO DA FÉ
01) Marco Feliciano (SP) – PSC (eleito)


IGREJA NOVA VIDA
01) Washington Reis (RJ) – PMDB (eleito)

IGREJA O BRASIL PARA CRISTO
01) Roberto de Lucena – PV

IDENTIDADE DENOMINACIONAL DESCONHECIDA
58) Áureo (RJ) – PRTB (eleito)
59) Íris Resende (GO) – PMDB
60) Aguinaldo Ribeiro (PB) – PP
61) Anderson Ferreira (PE) – PR
62) Eduardo da Fonte (PE) – PP
63) Zé Vieira (MA) – PR (reeleito)



DEPUTADOS ESTADUAIS


Amazonas - Wanderley Dallas (PMDB) e Francisco Souza (PSC), os dois da AD em Manaus.

Pará - Raimundo Santos (PR), da AD em Belém, liderada pelo pastor Samuel Câmara, Pio X (PDT), da AD (Comiadepa) e Martinho Carmona (PMDB), da Igreja Quadrangular; pastor Divino (PRB).

Amapá – Moisés Souza (PSC), da Igreja Batista em Macapá.

Bahia - Pastor José de Arimatéia (PRB); pastor Isidoro (PSB) e Márcio Marinho (PRB).

Espírito Santo – Élcio Álvares (DEM) e Gildevan (PV).

Paraná – Mara Lima, (PSDB) cantora da AD; pastor Edson Praczyck (PRB); Gilson de Souza (PSB).

Santa Catarina – Ismael dos Santos (DEM) é membro da AD e filho do respeitado líder estadual, pastor Nirton Santos.

Rio Grande do Norte - Pastor assembleiano Antonio Jácome (PMN) foi reeleito em primeiro lugar, com 54.743 votos. Jácome já foi vice-governador; Gilson Moura (PV).

São Paulo – Pastor Carlos Cézar (PSC); pastor José Bittencourt (PDT); pastor Adilson Rossi (PSC), da AD-Belenzinho; pastor Dilmo dos Santos (PV), da AD-Madureira; Carlos Bezerra Jr (PSDB); André Soares, filho do pastor e líder da Igreja Internacional da Graça, R.R. Soares.

Rio – Samuel Malafaia (PR), da AD em Jacarepaguá (Grande Rio) e irmão do pastor Silas Malafaia; Clarissa Garotinho (PR), vereadora e eleita deputada; Edino Fonseca (PR) é pastor da AD-Madureira; Edson Albertassi (PMDB); e Fabio Silva (PR); Sabino (PSC); Waguinho (PRTB).

Goiás - Daniel Messac, da AD-Madureira em Vila Nova; Luiz Carlos do Carmo (PMDB), da AD em Campinas e Fábio Souza (PSDB), da Igreja Fonte da Vida.

Alagoas - Jota Cavalcante (PDT), filho do pastor José Neco Antônio dos Santos, líder da AD no Estado (reeleito).

Pernambuco – Pastor Cleiton Collins (PSC); e presbítero Adalto (PSB).

Acre - Pastor Helder da Silva Paiva (PR), da AD em Rio Branco e pastor Denilson (PSC).

Minas Gerais - João Leite (PSDB); pastor Antonio Genaro (PSC), da Igreja do Evangelho Quadrangular; Wanderley Miranda (PMDB); Antonio Carlos Arantes (PRB); e pastor Carlos Henrique (PRB), da Igreja Universal.

Paraíba – Edmilson Soares (PSB).

Rondônia – Saulo (PDT).

Roraima – Marcelo Natanael (PRB); Ângela Águida (PSC).

Sergipe – Pastor Antônio (PSC).

Maranhão -  ELIZIANE GAMA QUE DEVIDO O SEU EXCELENTE TRABALHO FRENTE A CPI DA PEDOFILIA FOI REELEITA COM MAIS DE 37 MIL VOTOS


Fonte; Blog Fronteira Final - Pastor Antonio Mesquita

terça-feira, 28 de setembro de 2010

SUBSÍDIO - E B D LIÇÃO 01 - 4º TRIMESTRE

LIÇÃO 01 – O QUE É ORAÇÃO

INTRODUÇÃO
Neste último trimestre do ano estudaremos sobre O Poder e o Ministério da Oração, o relacionamento do cristão com Deus, onde teremos a oportunidade de estudar treze preciosas lições sobre a oração, tanto no Antigo como no Novo Testamento. Sem dúvidas, desfrutaremos de momentos, não só de aprendizado, mas também de comunhão com Deus. Nesta primeira lição, cujo tema é: O que é Oração, estaremos respondendo os seguintes questionamentos: O que não é oração? O que é oração? Como devemos orar?
Existe uma postura específica ou um local específico para buscarmos a Deus em oração?

I – O QUE NÃO É ORAÇÃO?
De acordo com as Sagradas Escrituras, a oração não é algo formal, para atrair a atenção dos homens, como faziam os fariseus, que foram condenados pelo Senhor Jesus (Mt 6.5). Também não é um mero ritualismo, sem consistência espiritual, como uma reza, cheia de repetições intermináveis e de enunciados que não trazem os sentimentos do coração (Mt 6.7). A oração não é um ato de penitência para subjugar a carne; nem deve ser vista pelo cristão como um pedido de socorro, que só o fazemos quando estamos em perigo. Vejamos, então, o que é oração.

II – O QUE É ORAÇÃO?
Oração é uma prece dirigida pelo homem ao seu Criador, como o objetivo de adora-Lo, pedir-lhe perdão pelas faltas cometidas, agradecer-lhe pelos favores recebidos, buscar proteção e, acima de tudo, uma comunhão mais íntima com Ele. Essa atividade é descrita como: invocar a Deus (Sl 17.6); invocar o nome do Senhor (Gn 4.26); clamar ao Senhor (Sl 3.4); levantar nossa alma ao Senhor (Sl 25.1), etc. Diversos textos das Sagradas Escrituras incentivam o crente a orar (I Cr 16.11; Sl 105.4; Is 55.6; Am 5.4,6; Mt 26.41; Lc 18.1; Jo 16.24; Ef 6.17,18; Cl 4.2; I Ts 5.17) fazendo-nos entender que Deus aspira a comunhão com o homem.
Vejamos outras definições:
2.1 Orar é comunicar-se com Deus. Toda vez que oramos, entramos em contato com Deus, de uma maneira especial. Não apenas em um monólogo, e sim, num diálogo, onde podemos, não apenas dirigir nossas palavras a Deus, mas, também, ouvi-Lo (Gn 18.23-33; Ex 14.15; 32.30-34).
2.2 Orar é tornar nossos pedidos conhecidos diante de Deus. É compartilhar com Ele tudo o que está em nosso coração, sabendo que Ele se importa com a nossa vida e todas as nossas necessidades (I Sm 1.9-11; Ne 2.4; Dn 6.10; Jo 11.41,42; At 12.5). Mas, devemos entender também que a oração é uma batalha; por isso, todas as vezes que vamos orar, muitas coisas acontecem para tentar impedir que nós estejamos de joelhos na presença de Deus. Satanás faz de tudo para impedir que o crente ore, pois, quanto mais orarmos, mais difícil será para ele nos afastar de Deus.

III - COMO DEVEMOS ORAR?
Nos dias hodiernos, muitos líderes evangélicos, influenciados pela teologia da prosperidade, estão ensinando um modelo de oração completamente oposto aos exemplos bíblicos, ensinando os cristãos a orar decretando, determinando ou profetizando sua bênção, “e as coisas acontecem”, dizem eles. No entanto, a Bíblia Sagrada nos ensina a forma correta de nos dirigirmos a Deus, em oração. Vejamos:
3.1 Devemos orar com fé. A fé é um dos requisitos indispensáveis à oração. O Senhor Jesus disse: "E, tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis." (Mt 21:22); "Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê." (Mc 9:23); e, o apóstolo Tiago nos exorta dizendo: “Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte” (Tg 1.6). Portanto, não basta orar, é preciso ter fé e reconhecer que, mesmo que nos pareça impossível o que estamos pedindo, todas as coisas são possíveis para Deus (Mt 19.26).
3.2 Devemos orar em Nome de Jesus. Muitos cristãos deixam de obter resposta às suas orações por não orarem em Nome de Jesus. O próprio Senhor Jesus nos ensinou, dizendo: “E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.13,14); “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai
ele vo-lo conceda” (Jo 15.16); “E naquele dia nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar” (Jo 16.23).
3.3 Devemos orar segundo a vontade de Deus. É imprescindível que a vontade de Deus prevaleça sempre sobre as nossas vidas. Por isso, devemos orar pedindo a Deus que faça sempre conforme à Sua vontade. O próprio Jesus nos deu o exemplo quando orou no jardim do Getsêmani: “E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade” (Mt 26.42). E, o apóstolo João, diz: “E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” (I Jo 5.14).
3.4 Devemos orar com perseverança. A perseverança é fundamental à nossa vida de oração. Diversas vezes Jesus ensinou sobre o dever de orar sempre, sem desfalecer (Mt 7.7-11; Lc 11.5-13; 18.1-8); e, o apóstolo Paulo diz: “Orai sem cessar” (I Ts 5.17); “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança santos” (Ef 6.18).
3.5 Devemos orar com sinceridade. Deus não aceita oração com falsidade e hipocrisia. Na parábola do fariseu e do publicano (Lc 18.9-14), Jesus disse que tanto o fariseu como o publicano subiram ao templo, para orar; o fariseu, orava dizendo: “Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo”. Porém, o publicano, nem queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!”. Por isso, somente a oração do publicano foi ouvida. O escritor aos Hebreus, diz ainda: “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa” (Hb 10.22).
3.6 Devemos orar como Jesus nos ensinou. A oração do “Pai Nosso” (Mt 6:10-13) serve de modelo para nós. Nela aprendemos que:
· Somos filhos de Deus, e não apenas servos: “Pai nosso”;
· O nosso Deus não está em um andor e nem em um altar, e sim, nos céus: “... que estás nos céus”.
· Deus é santo, e por isso, Seu nome deve ser reverenciado: “... santificado seja o teu nome”;
· Devemos orar, pedindo que Deus implante o seu Reino aqui na terra: “Venha o teu reino”;
· Devemos pedir que Deus faça conforme a Sua vontade: “... seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”;
· Deus é supridor de nossas necessidades diárias: “O pão nosso de cada dia nos dá hoje”;
· A oração é uma ocasião oportuna para buscarmos o perdão divino: “E perdoa-nos as nossas dívidas”;
· O perdão divino será na mesma proporção que perdoamos a outros: “... assim como nós perdoamos aos nossos devedores”;
· Deus pode nos livrar na e da tentação: “E não nos induzas à tentação”;
· Ele pode nos livrar de todo o mal: “... mas livra-nos do mal”;
· Tudo pertence a Deus. Por isso, Ele é digno de toda adoração: “... porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre".

IV - EXISTE UMA POSTURA ESPECÍFICA PARA ORAR?
Ao lermos a Bíblia, podemos observar que não existe uma posição específica para orar, pois, ela registra diversos exemplos de pessoas que oraram de maneiras diferentes. Vejamos alguns exemplos:
4.1 Oração de joelhos. Como Salomão que na dedicação do templo de Jerusalém, orou a Deus de joelhos e com as mãos estendidas (I Rs 8.22,54; II Cr 6.13); o salmista nos convida a nos ajoelharmos diante do Senhor (Sl 95.6). Além disso, também oraram de joelhos: Daniel (Dn 6.10), Jesus (Lc 22.41), Estêvão (At 7.60), Pedro (At 9.40), e o apóstolo Paulo (Ef 3.14).
4.2 Oração inclinado ou prostrado. Foi assim que orou o servo de Abraão quando Betuel e Labão consentiram que Rebeca fosse com ele (Gn 24.52); e, o próprio Senhor Jesus no jardim do Getsêmani (Mt 26.39; Mc 14.35).
4.3 Oração em pé. A Bíblia registra também exemplos de pessoas que oraram em pé, como Abrão (Gn 18.22); Jesus (Mt 11.25; Jo11.41); e o publicano (Lc 18.13).

V - EXISTE UM LOCAL ESPECÍFICO PARA ORAR?
Ensinando acerca da oração, Jesus disse: “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente” (Mt 6.6). A Bíblia também menciona o templo como um lugar de oração (Is 56.7; Lc 19.46). Mas, isso não significa dizer que devemos orar somente no templo ou em nosso aposento. O profeta Jonas, por exemplo, orou no ventre do peixe (Jn 2.1) e Paulo e Silas oraram no cárcere (At 16.25,26). Portanto, não existe um lugar específico para buscarmos a Deus em oração, pois, podemos orar em qualquer lugar.

CONCLUSÃO
Um dos maiores privilégio do cristão, sem dúvida, é poder buscar a Deus em oração. A Bíblia está repleta de promessas para aqueles que oram (Jr 33.3; Sl 50.15; Mt 21.22; Tg 5.16). Por isso, não podemos deixar de desfrutar de todos os benefícios advindos através da oração, principalmente, o de poder desfrutar de uma comunhão mais íntima e profunda com Deus.

REFERÊNCIAS
· Bíblia de Estudo Pentecostal. Donald C. Stamps. C.P.A.D.
· Dicionário Teológico. Claudionor C. Andrade C.P.A.D.
· Pequena Enciclopédia Bíblica. Orlando Boyer. C.P.A.D.
· A oração que Deus responde. Guy Appére. Editora Fiel.
· Oração, um ministério fundamental. Ubiratan Oliveira da Silva. CPAD.
· O poder de orar juntos. Stormie Omatian. Mundo Cristão.a sempre

Fonte: Radio Brasil de Comunicação - IEAD em Recife - PE