quarta-feira, 20 de abril de 2011

SUBSÍDIO LIÇÃO 04 - E B D 2011/02

LIÇÃO 04 – ESPÍRITO SANTO – AGENTE CAPACITADOR DA OBRA DE DEUS

INTRODUÇÃO
Estudaremos nesta lição o papel imprescindível do Espírito Santo no desenvolvimento da obra de Deus. Foi o derramamento do Espírito que inaugurou o início de uma nova fase no relacionamento de Deus com a humanidade (Jo 14.16,17) e a expansão do evangelho até os confins da terra (At 1.8).

I – UMA ANÁLISE DE ATOS 1.8
A Bíblia registra uma promessa feita pelo Pai celestial que haveria de inaugurar uma nova etapa no seu relacionamento com a humanidade. O Espírito Santo seria derramado mais plenamente nos seus servos, passando a habitá-los e a capacitá-los de forma especial (Is 44.3; Jr 31.33; Jl 2.28-32). Lembramos que no Antigo Pacto, o Espírito Santo tão somente vinha sobre os filhos de Israel a fim de capacitá-los para um fim específico (Nm 11.16,17; Jz 6.34; I Sm 16.13). Na Nova Aliança isso haveria de mudar, pois o Espírito não estaria apenas conosco, mas em nós, sendo a capacitação ampliada (Jo 14.16,17).
- Realização da promessa (Jl 2.28-32);
- Renovação da promessa (Lc 24.49; At 1.4,5);
- Finalidade da promessa (At 1.8);
-Cumprimento da promessa (At 2.1-4)

1.1 Dois Termos Importantes de At 1.8
“Dunamis” - Foi traduzido como “virtude” ou “poder”. É donde vem as nossas palavras “dinamite, dinâmico e dínamo”. Significa poder real, poder em ação. É mais do que força ou capacidade humanas. Diz respeito ao poder divino em plena atuação no homem, impulsionando-o a testemunhar de Cristo e a realizar a sua obra.
“Martires” - Foi traduzido como “testemunha”. É donde vem a nossa palavra “mártir”, e significa nesse texto “aquele que está disposto a sofrer tormentos ou até mesmo a morrer por causa do evangelho de Cristo”.
Foi por causa desse poder do Espírito que o cumprimento da Grande Comissão se tornou possível (Mt 28.19,20). Era uma condição sem a qual a expansão da Igreja não aconteceria. Prova disso foi a determinação de Cristo dada aos discípulos por duas vezes: “...ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestido de poder” (Lc 24.49b); e “E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem...” (At 1.4).

1.2 Capacitação para sofrer ou morrer sem renunciar. É somente a ação do Espírito Santo de Deus na vida do crente que lhe dá condições de sofrer as mais variadas formas de perseguições de forma inabalável. Há inúmeros exemplos no livro de Atos.
- Pedro e João jubilaram diante das ameaças das autoridades judaicas (At 4.21-24);
- Os apóstolos se regozijaram depois de uma dolorosa série de açoites (At 5.40-42)
- Estêvão pôde liberar perdão para os seus algozes durante o apedrejamento (At 7.58-60);
- Paulo sofreu inúmeras formas de maus tratos e permaneceu firme (II Co 11.24-33);
- O apóstolo dos gentios estava pronto para sofrer e morrer por amor a Cristo (At 21.13);
- O Espírito Santo capacita o crente de tal forma que nada e nem ninguém é capaz de removê-lo da presença de Deus (Rm 8.31-39).

II – AS DIVERSAS CAPACITAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DO CRENTE
O Espírito Santo capacita os cristãos de diferentes formas nos variados aspectos da obra de Deus. Verificamos isso de forma nítida nas páginas do Novo Testamento, principalmente no livro de Atos dos Apóstolos.

2.1 Capacitação na pregação. O Espírito Santo torna apto o crente que se predispõe a proclamar o
evangelho de Jesus Cristo, concedendo-lhe unção e ciência da Palavra. Ao lermos a Bíblia, peçamos a companhia do Espírito de Deus, que é o intérprete por excelência das Escrituras Sagradas. Ele nos esclarecerá o real sentido das passagens bíblicas e nos impulsionará a pregarmos com ousadia aquilo que Dele aprendemos (At 4.29-31; cf. Lc 12.11,12). Temos vários exemplos disso na Bíblia, senão vejamos:

- Tão logo foi revestido de poder, o Apóstolo Pedro pregou com grande ousadia, conquistando quase três mil almas para Cristo (At 2.14-41. Posteriormente pregou novamente, ganhando dessa vez mais duas mil almas (At 3.12-26; 4.4);

- A unção do Espírito foi algo tão intenso na pregação do diácono Estêvão, e ele o fazia com tanta sabedoria, que os seus opositores não conseguiam resistir-lhe ou refutá-lo (At 6.9,10). É uma das mais belas pregações de toda a Bíblia (At 6.8-15; 7.1-60). Ele fez uma síntese da história de Israel e demonstrou, com base no Antigo Testamento, que Jesus era o Cristo;

- Dentre as muitas pregações do Apóstolo Paulo podemos destacar algumas, a saber: i) a pregação no Areópago de Atenas diante daqueles que representavam a nata do conhecimento filosófico da época (At 17.15-34); ii) a pregação no Templo de Jerusalém (At 21-22); iii) a pregação perante o Sinédrio, aonde estavam os sacerdotes e anciãos (At 23.1-11); iv) pregação perante os governadores Félix e (At 24 e 25.1-17); v) pregação perante o Rei Agripa (At 25.18-27; 26.1-32).

2.2 Capacitação mediante a operação de sinais e maravilhas. O Espírito Santo prestou sua cooperação com os discípulos através de milagres e maravilhas. Ao lermos sobre os primórdios da Igreja, percebemos quão importante foram as intervenções sobrenaturais para a expansão do Reino:

- Através da cura de um coxo de nascença, o nome de Cristo se fez notório e uma larga porta se abriu para a evangelização (At 3.6-26);

- Pela revelação do Espírito, Pedro conheceu que Ananias e Safira fizerem um acordo, dando-lhes uma irreversível sentença (At 5.1-11). Tal acontecimento fortaleceu a autoridade apostólica e gerou um grande temor em toda a igreja;

- A assistência do Espírito Santo em prol do crescimento da obra era tão grande que Ele se utilizava da sombra do Apóstolo Pedro para curar os enfermos e libertar os endemoniados (At 5.14-16). Isso atraía multidões de Jerusalém e de cidades circunvizinhas (v.16);

- Os apóstolos foram milagrosamente tirados da prisão a fim de continuarem a obra de Deus (At 5.17-25);

- O Espírito cooperava com Estêvão com milagres e maravilhas (At 6.8-10);

- O Espírito arrebatou Filipe até Azoto, com o objetivo de evangelizar outras cidades (At 8.39,40);

- A cura de um coxo de nascença atraiu multidões no ministério de Paulo (At 14.8-11). Até os lenços e aventais do apóstolo eram utilizados para curar (At 19.11,12).

2.3 Capacitação para a obra missionária. O Espírito Santo é o principal responsável pela chamada missionária. Ele comunicou aos apóstolos que estavam em Antioquia que havia escolhido Saulo e Barnabé para obra da evangelização transcultural (At 13.2). O Espírito não apenas os chamou, mas os enviou, capacitou e esteve lado a lado com os seus filhos durante as viagens missionárias.

2.4 Capacitação mediante os dons espirituais e ministeriais. Os dons espirituais são manifestados com o tríplice propósito de edificar, exortar e consolar os santos. Estão listados em I Co 12.4-11. Os dons ministeriais são dados a crentes com uma chamada específica, a fim de promover o aperfeiçoamento dos santos e a edificação do corpo de Cristo (Ef 4.11; I Tm 3.8,12; Tt 1.5-7).

CONCLUSÃO
O cumprimento da Grande Comissão só foi (e é) possível por causa da descida do Espírito Santo de Deus. É ele quem convence o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11), santifica os já convertidos mediante a manifestação do fruto (Gl 5.22), manifesta os dons espirituais e ministeriais no seio da Igreja (Ef 4.11; I Co 12.6-11), e capacita das mais variadas formas os cristãos a desempenharem a obra de Deus.

REFERÊNCIAS
- O N.T interpretado versículo por versículo. R.N. Champlin. Ed. Hagnos.
- Bíblia de Estudo Pentecostal. Donald C. Stamps. Ed. Cpad.
- Teologia Sistemática. Stanley Horton. Ed Cpad.
- Introdução à Teologia Sistemática. Eurico Bergstén. Cpad.
- Verdades Pentecostais. Antônio Gilberto. Ed. Cpad.

Fonte: Site RBC1 - Recife- PE

terça-feira, 12 de abril de 2011

SUBSÍDIOS DA LIÇÃO 03 E B D - 2011 / 2

LIÇÃO 03 – O QUE É O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

INTRODUÇÃO
Nesta lição aprenderemos que o Batismo com o Espírito Santo não foi uma experiência exclusiva dos dias dos apóstolos. É uma bênção divina para todos aqueles que realmente experimentam o novo nascimento (Jo 3.5), e por isso, é uma doutrina bíblica que deve ser ensinada para toda a igreja (Mt 3.11; Mc 1.8; 16.17; Lc 3.16; Jo 1.33; At 1.5, 8; 2.4; 10.44-47; 11.15-16; 19.4-6; ICo 12.10, 28-30; 13.1). Embora que alguns grupos evangélicos denominados de “cessacionistas” tentem negar o Batismo com Espírito Santo através da evidência inicial do falar em outras línguas, bem como sua atualidade para os dias hodiernos na igreja, podemos afirmar que as supostas “provas” apresentadas por eles, além de inconsistentes quanto à argumentação, são incompatíveis com a hermenêutica sagrada e desprovidas de fundamentos histórico-teológicos.

I – O QUE NÃO É O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
O verdadeiro Batismo com o Espírito Santo não é o simples fato de alguém por meios próprios começar a “falar em outras línguas”, e sim, por intermédio do Espírito Santo, como podemos ler em (At 2.4): “E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”. Apesar de o ser humano ou os demônios poderem perfeitamente imitar as línguas estranhas para enganar as pessoas, devemos entender que as línguas estranhas que o crente fala quando é batizado no Espírito Santo não é algo aprendido, nem ensinado e nem tão pouco instruído por alguém para pronunciar sílabas sem nexo. O falar em línguas proveniente da experiência do Batismo com o Espírito Santo é algo espontâneo, pois trata-se e uma ação sobrenatural exclusiva do Espírito Santo, proporcionando ao crente falar numa língua que nunca aprendeu (I Co 14.2; At 2.4; 10.46). Estas línguas podem ser humanas e atualmente faladas em algum lugar (At 2.6) ou até mesmo desconhecidas na terra (1Co 13.1; 14.2).
- Se alguém afirma que é batizado com o Espírito Santo, que fala em línguas estranhas e, não aceita a autoridade das Escrituras, não obedece à Santa Palavra de Deus e nem é submisso aos seus líderes, qualquer manifestação que nele ocorra não provém do Espírito Santo de Deus (Mt 24.11-24; Jo 8.31; Gl 1.19; 1Jo 3.6-10; 4.1-3);
- A Bíblia nos adverte a não crermos em todo espírito, e averiguarmos se realmente tal experiência espiritual provém de Deus (1Ts 5.21; 1Co 14.29; IJo 4.1; Ap 16.14). Fazer “barulho” sem a atuação do Espírito de Deus pode apenas impressionar, mas, não comprova o genuíno Batismo com o Espírito Santo;
- O crente nunca deve crer em “experiências espirituais” somente porque alguém afirma estar falando da parte de Deus ou por causa do sucesso do suposto “instrumento” ou por causa dos milagres ou unção aparente de algum pseudo-pregador (Mt 7.22-23; ICo 14.29; 2Ts 2.8-10; 2Jo 7; Ap 13.4; 16.14; 19.20).

II – O QUE É O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
Uma das principais doutrinas das Escrituras Sagradas é o Batismo com o Espírito Santo. Em todo batismo tem de haver três condições para que esse se realize de forma completa, as quais são respectivamente: um candidato a ser batizado, um batizador e um elemento ou meio em que o candidato será batizado. No Batismo com o Espírito Santo, o candidato é crente, o batizador é o Senhor Jesus Cristo e o elemento ou meio é o Espírito Santo.

- O Batismo com o Espírito Santo é para todos os que já são salvos que professam sua fé em Jesus Cristo, que nasceram de novo, que vivem uma vida de santidade, e, assim, tornaram-se templo e mora do Espírito Santo (Jl 2.28,29; At 2.39; ICo 3.16). Este Batismo só ocorre uma única vez na vida do crente e isto o leva a uma vida de consagração contínua.

- O Batismo com o Espírito é uma obra distinta e à parte da regeneração, ou seja, é uma bênção posterior a experiência de salvação, pois, o Batismo é uma dádiva subseqüente à regeneração (At 11.17; 19.6). O Batismo é uma “promessa do Pai” (Lc 24.49; At 1.4; 2.16,32-33). É um presente de Deus aos crentes, é para aqueles que já experimentam a salvação (At 2).

- Ser Batizado com o Espírito Santo tem como sinal inicial o falar em línguas estranhas. Jesus disse: “... e falarão em novas línguas” (Mc 16.17). Em Atos At 10.45-46 Lucas registrou: “Porque os ouviram falar línguas...”. No dia de Pentecostes está registrado que: “... e começaram a falar em outras línguas...” (At.2.4). Atos 19.6 diz que: os discípulos em Éfeso: “...falavam línguas...”. Portanto o que vai evidenciar o verdadeiro Batismo é o falar “em línguas estranhas” (At 2.4; ICo 14.18);
- Ser Batizado com o Espírito Santo significa experimentar a plenitude do Espírito (At 1.5; 2.4). Este Batismo teria lugar na história da igreja somente a partir do dia de Pentecostes (At 2.1-4). Quanto aos que foram cheios do Espírito Santo antes do dia de Pentecostes (Lc 1.15,67; Jo 20.22) não podemos afirmar que eles tenham sido batizados com o Espírito Santo, pois, não houve a evidência do falar em outras línguas.
- O Batismo com o Espírito Santo permanece na vida do crente mediante a oração (At 4.3), o testemunho (At 4.31,33) e uma vida de santidade (Ef 5.18).


III – O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO COMO UMA PROMESSA BÍBLICA
De acordo com Atos 2.17, o Batismo com Espírito Santo é para qualquer nação: “Toda carne”. Não há qualquer distinção de sexo para receber o Batismo, pois está escrito que é para “filhos e filhas”. Também não importa a idade “jovens e velhos” ou a camada social “servos e servas”. Portanto, todos podem e devem buscar essa dádiva celeste.
- No Antigo Testamento. (Joel 2.28-30; Ez 36.25-27; Is 11.1-4; 42.1; 61.1-3; Is 32.15-17; 44.3-5; 59.20,21; Ez 11.19,20; 36.26,27; 37.14; 39.29);
- No Novo Testamento. (Mt 3.11; Mc 1.8; 16.17; Lc 3.16; Jo 1.33; At 1.5, 8; 2.4; 10.44-47; 11.15-16; 19.4-6; ICo 12.10, 28-30; 13.1).

IV – COMO RECEBER O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
O Batismo com o Espírito Santo não pode ser confundido com o novo nascimento, com a regeneração ou com a santificação. Uma pessoa pode ser regenerada, justificada e santificada e ainda não ter recebido o revestimento do poder. No entanto, para receber esta dádiva divina é preciso obedecer alguns passos a seguir:
- O arrependimento dos pecados é uma condição prévia para recebermos o Batismo com o Espírito Santo. Ou seja, qualquer pessoa que não tenha reconhecido seu estado de pecador e sua necessidade de salvação, e confessado Jesus como seu único e suficiente Salvador, não pode ser batizada com o Espírito Santo (At 2.38). Os exemplos bíblicos do batismo com o Espírito Santo ocorreram com pessoas que já eram salvas (At 2.4; 19.6).
- Viver uma vida de santidade também é um pré-requisito para o Batismo com o Espírito Santo. Para receber este presente é preciso estar em harmonia com Ele, pois o pecado entristece ao Espírito Santo (Ef 4.30; 1Pe 1.16). A Bíblia mostra que pureza e recebimento do Espírito Santo estão vinculados (Ez 36.25-27);
- Perseverar em oração e buscá-lo com fé sem desistir. O Espírito Santo deve ser buscado com perseverança em oração e com fé por todos os salvos (Tg 4.8), pois o Senhor está perto daqueles que o invocam (Sl 145.18);
- Crer na doutrina Bíblico-teológica do Batismo com o Espírito Santo. Alguém que não acredita que os Dons são para a igreja nos dia de hoje, jamais receberá este presente de Deus (At 10.43-47).

V – O QUE SIGNIFICA GLOSSOLÁLIA E XENOLÁLIA
Glossolalia (do grego γλώσσα, "glóssa" [língua]; λαλώ, "laló" [falar]). É o falar em outras línguas, é um sinal da parte de Deus para evidenciar o Batismo com o Espírito Santo (At 2.4; 10.45-46; 19.6). Esse padrão bíblico continua o mesmo para os dias atuais. Por sua vez, glossolalia é um fenômeno ligado a atuação do Espírito Santo, em que o crente expressa-se em uma língua por ele desconhecida (At 2.4; 1Co 14.14-15) e tida por ele como de origem divina. Essas falas são geralmente caracterizadas pela repetição da cadeia sonora, sem um significado sistemático e, ainda, com raras unidades linguísticas previsíveis.

Xenolália. É o falar em línguas num idioma conhecido, estranho apenas a quem o fala, ou seja, um crente que nunca estudou o inglês, espanhol, chinês, italianao, japonês ou outra língua qualquer e, através do poder do Batismo com o Espírito Santo começa a falar em um ou mais destes idiomas. Assim aconteceu no dia de Pentecostes, os crentes cheios do Espírito Santo falaram num idioma desconhecido para eles, mas, conhecido para os representantes de várias nações que estavam presentes em Jerusalém para a comemoração da festa de Pentecostes (At 2.7-11).

CONCLUSÃO
O autêntico Batismo com o Espírito Santo é uma dádiva não só apenas dos tempos apostólicos como afirmam alguns sem autoridade bíblica para isso, mas, é também para os dias atuais. Pois assim como no dia de Pentecostes os discípulos foram Batizados com o Espírito Santo, hoje acontece da mesma forma e com e mesma intensidade. Busque esse Batismo e desfrute das bênçãos que lhe acompanha!

REFERÊNCIAS
- Bíblia de Estudo Pentecostal - João Ferreira de Almeida – CPAD.
- Verdades Pentecostais – Antônio Gilberto – CPAD.
- Teologia Sistemática – Stanley M. Horton. CPAD.
- Lições Bíblicas 3º Trimestre de 2006, 1º Trimestre de 2004 – CPAD

Fonte: Site da Rede Brasil de Comunicação

quarta-feira, 6 de abril de 2011

SUBSÍDIOS LIÇÃO 02 - 2º SEMESTRE 2011 EBD

LIÇÃO 02 - NOMES E SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO

INTRODUÇÃO
Neste segunda lição do trimestre, estudaremos os Nomes e os Símbolos do Espírito Santo, que descrevem Sua natureza, atributos e Suas obras. Tendo em vista que o Espírito Santo é “Deus”, e, consequentemente, impossível de ser compreendido em sua plenitude, Ele é descrito na Bíblia Sagrada através de Seus Nomes e Símbolos, para que pudesse facilitar a nossa compreensão.
I - OS NOMES DO ESPÍRITO SANTO
A Bíblia descreve diversos Nomes e Títulos atribuídos ao Espírito Santo, os quais revelam, além de Sua personalidade e divindade, Seus atributos, natureza, bem como as Suas obras. Vejamos alguns:

1.1 Espírito Santo. Assim como Deus é santo (I Pe 1.16) e Jesus é santo (At 2.27), o Espírito também o é (Sl 51.11; Is 63.10,11; Mt 1.18,20; 3.11; Lc 1.35; Jo 14.26; I Ts 4:7-8). Este nome aparece cerca de cem vezes nas Sagradas Escrituras e está diretamente relacionado à santificação, pela atuação do Espírito Santo, pois, uma das principais atribuições do Espírito Santo é promover a santificação (Rm 1.4; 15.16; I Co 6.11; II Ts 2.13).

1.2 Espírito de Deus. Este nome aparece em diversos textos, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento (Ex 35.31; Jó 33.4; Mt 3.16; 12.28; Rm 15.19; I Co 2.11). É natural que o Espírito Santo seja chamado Espírito de Deus, visto que ele é enviado por Deus (Jo 15:26). A Bíblia também o chama de Espírito de Deus, porque Deus age através dEle para chamar os pecadores (Jo 6:44) e para guiar os crentes (Rm 8:14). Encontramos este nome divino no início da Bíblia, associado diretamente à obra da criação, onde nos é dito que “o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (Gn 1.2), onde Ele aparece como co-participante da criação. Em outras passagens das Escrituras, este nome aparece também, ligado diretamente à criação, à renovação da terra e à regeneração da pessoa humana (Gn 6.3; 41.38; Jo 33.4; Rm 8.9; 1 Co 3.16).

1.3 Espírito de Cristo. O Espírito Santo é chamado o Espírito de Cristo (Rm 8.9; I Pe 1.11), porque foi derramado por Jesus sobre os crentes. Várias vezes Jesus disse que o Espírito Santo viria em seu lugar e continuaria seu trabalho. Disse também que a vinda do Espírito Santo para habitar nos corações dos crentes seria a vinda do próprio Cristo (João 14:16-20). E ainda, que o Espírito testificaria dEle (Jo 15:26). Além desses motivos, podemos afirmar ainda que o Espírito é chamado de “Espírito de Cristo” porque:É enviado em nome de Cristo (Jo 14:26).
É enviado por Cristo (Jo 16.7).
Sua missão especial nesta época é a de glorificar a Cristo (Jo 16:14).
O Cristo glorificado está presente na igreja e nos crentes pelo Espírito Santo (Gl 2:20; Rm 8:9,10).

1.4 Consolador. A palavra “Consolador” (”parácleto”, no grego) significa alguém chamado para ficar ao lado de outrem, com o propósito de ajudá-lo em qualquer eventualidade, especialmente em processos legais. Era costume nos tribunais antigos, as partes aparecerem nos tribunais assistidas por um ou mais dos seus amigos, que no grego chamavam de “parácleto”, e em latim, “advocatus”. Estes assistiam seus amigos, não pela recompensa ou remuneração, mas por amor e consideração. Quando Jesus disse: “Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que esteja convosco para sempre” (Jo 14:16), Ele identificou-se como o primeiro Consolador, e que, após a sua partida, rogaria ao Pai para que Ele enviasse “outro Consolador” (Jo 14.16,26; 15.26; 16.7).

1.5 Espírito da Promessa. O Espírito Santo é chamado assim porque sua manifestação e poder são prometidos no Antigo Testamento (Jo 2:28,29). A prerrogativa mais elevada de Cristo, ou do Messias, era a de conceder o Espírito; e esta prerrogativa Jesus a reivindicou quando disse: “Eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai” (Lc 24:49).

1.6 Espírito da Verdade. A Bíblia diz que Deus é a verdade (Jr 10.10); Jesus é a verdade (Jo 14.6) e o Espírito Santo também é a verdade (I Jo 5.6). Ele veio para nos guiar em toda a verdade (Jo 16.13,14. Assim como o propósito da Encarnação foi revelar o Pai (Jo 14.6-9); a missão do Consolador é revelar o Filho (Jo 16.13).

1.7 Espírito de Adoção. Quando a pessoa é salva, não somente lhe é dado o nome de filho de Deus (Jo 1.12), e adotada na família divina (Ef 2.19), mas também recebe “dentro de sua alma” o conhecimento de que participa da natureza divina (Rm 8:15). Assim como Cristo é nossa testemunha no céu; aqui na terra, o Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus (Rm 8.16).
Em Lucas 11.20, o Espírito Santo é chamado de “O dedo de Deus”; em Atos 5.4, de “Deus”; em Apocalipse 19.10, de Espírito de Profecia; e, em Isaías 11.2, Ele é descrito com diversos títulos que representam a Sua plenitude: “E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor”.

II - OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO
Para uma melhor compreensão da natureza e obra do Espírito Santo, Deus as ilustrou através dos símbolos, nas páginas das Sagradas Escrituras, pois, de outra maneira, muitas de Suas características e atributos, jamais poderíamos conhecer. Vejamos:
2.1 Fogo. O Espírito é comparado ao fogo porque o fogo aquece, ilumina, espalha-se e purifica (Is 4.4; Jr 20:9; Mt. 3:11; Lc 3:16). O fogo ilustra a limpeza, a purificação e o zelo produzido pela unção do Espírito. O fogo também é sinal da presença de Deus, pois, as manifestações de Deus, algumas vezes, eram acompanhadas pelo fogo (Êx 3.2; 13.21,22; 19.18; Dt 4.11). No AT, a ordem divina era conservar o fogo aceso diuturnamente (Lv 6.13), como sinal evidente da presença de Deus no meio do seu povo. E, no NT, a ordem divina é a mesma (1 Ts 5.19). Assim, a chama do Pentecostes deve estar sempre acesa em nossos corações.
2.2 Vento. O vento simboliza a obra regeneradora do Espírito e é indicativo da sua misteriosa operação, independente, penetrante, vivificante e purificante.(Ez 37:7-10; Jo 3:8; At 2:2). Isto porque: 1) O vento penetra em todos os lugares, assim como o Espírito Santo; 2) O vento está em movimento constante, assim o Espírito Santo trabalha continuamente; 3) O controle da direção do vento não depende da nossa vontade. Ele sopra onde quer (Jo 3:8); e 4) Quando o vento sopra, refrigera o ar e o enche de vitalidade. Da mesma maneira, age o Espírito Santo no crente.
2.3 Água. O poder do Espírito Santo opera no reino espiritual o que a água faz na ordem material (Êx 17:6; Ez 36:25-27; 47:1-5; Jo 3:5; 4:14; 7:38, 39). A água purifica, refresca, sacia a sede, e torna frutífero o estéril. Ela purifica o que está sujo e restaura a limpeza. É um símbolo adequado da graça divina que não somente purifica a alma, mas também lhe acrescenta a beleza divina. Assim como a água é um elemento indispensável à vida física, o Espírito Santo é indispensável à vida espiritual. Assim como a água encontra-se em três regiões do Universo, ou seja, na expansão dos céus (Gn 1.6-10); sobre a face da terra (Gn 7.11), e debaixo da terra (Jo 38.30), o Espírito Santo opera nas três dimensões da constituição humana, produzindo a regeneração do espírito, da alma e do corpo (1 Ts 5.23), produzindo uma “lavagem da regeneração e da renovação” (Tt 3.5).
2.4 Selo. Essa ilustração exprime os seguintes simbolismos: 1) Possessão. A impressão dum selo dá a entender uma relação com o dono do selo, e é um sinal seguro de algo que lhe pertence. Os crentes são propriedades de Deus, e sabe-se que o são pelo Espírito que neles habita. 2) A ideia de segurança (Ef 1:13) O Espírito inspira um sentimento de segurança e a certeza no coração do crente (Rm 8:16). O selo, como figura do Espírito, traduz também diversos outros significados, tais como: garantia (Gn 38.18), juramento (Jr 22.24), autenticidade (I Co 9.2), redenção (Ef 4.30); etc.
Podemos afirmar, então, que fomos selados com o selo da promessa, que nos dá a garantia de pertencermos somente a Deus (Ef 1.13; II Tm 2.19).
2.5 Azeite. O azeite é, talvez, o mais comum e mais conhecido símbolo do Espírito. Quando se usava o azeite no ritual do AT, falava-se de utilidade, frutificação, beleza, vida e transformação. Geralmente era usado como alimento, para iluminação, lubrificação, cura, e alivio da pele. Da mesma maneira, na ordem espiritual, o Espírito fortalece, ilumina, liberta, cura e alivia a alma. Na Bíblia, o azeite da unção era usado para consagração de pessoas, tais como reis (1 Sm 10.1; 16.13), sacerdotes (Lv 8.30) e profetas (1 Rs 19.16), ou seja, era um privilégio apenas de alguns. Porém hoje, este “azeite” é derramado sobre todos nós, pois agora somos a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, e o povo adquirido (IPe 2.9) e temos a unção do Santo (I Jo 2.20).
2.6 Pomba. A pomba, como símbolo, significa brandura, doçura, amabilidade, inocência, paz, pureza e paciência. Por ocasião do batismo de Jesus, o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba. Mas, não significa dizer que o Espírito Santo seja uma pomba, e sim, que Ele manifestou-se como uma pomba (Mt 3.16; Mc 1.10; Lc 3.22). A pomba é um dos símbolos da paz, e uma das características do fruto do Espírito é a paz (Gl 5.22). Assim, quando Ele passa a habitar em nós, transmite-nos a verdadeira paz.
2.7 Chuva. Tiago, o irmão do Senhor Jesus e autor da epístola que leva o seu nome, menciona “as primeiras chuvas e últimas chuvas”, como sendo a “chuva temporã e serôdia”, baseado na metáfora agrícola (Tg 5.7). O apóstolo sabia muito bem dessas chuvas, por experiência pessoal. Na Palestina, as primeiras chuvas provêem umidade à semente recém-plantada, para que possa germinar. Portanto, é sinal para a semeadura. Já as últimas chuvas, são necessárias para que a semente amadureça. Na metáfora de Tiago, o simbolismo é perfeito: o Espírito Santo desceu no dia de Pentecostes, preparando assim a terra para a grande semeadura da Palavra de Deus. Depois, no decorrer dos séculos, as últimas chuvas, ou seja, suas manifestações contínuas neste mundo, especialmente onde a vontade de Deus é aceita, têm produzido o amadurecimento e garantido uma safra de almas abundantes (Jo 4.35-38). No final, aparece o “precioso fruto da terra” como o resultado satisfatório da chuva, da semeadura e da colheita.

CONCLUSÃO
Para que nós pudéssemos compreender a natureza, atributos e, principalmente a ação do Espírito Santo em nossas vidas, Deus fez com que diversos nomes e símbolos fossem inseridos nas Sagradas Escrituras. Por esta razão, encontramos nas páginas da Bíblia o Espírito Santo sendo chamado de Espírito Santo, Espírito de Deus, Espírito de Cristo, Consolador, bem como também, sendo representado por diversos símbolos, tais como: fogo, vento, água, pomba, óleo, e muitos outros que, por exiguidade, não mencionamos neste esboço.

REFERÊNCIAS
•A existência e a Pessoa do Espírito Santo. Severino Pedro da Silva. C.P.A.D.
•Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. Myer Pearlman. Vida.
•O que a Bíblia diz sobre o Espírito Santo. Stanley Horton. C.P.A.D.
•Teologia Sistemática. Eurico Bérgsten. C.P.A.D.

Elaborado Por: Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Recife / PE em RBC1