terça-feira, 18 de maio de 2010

LIÇÃO 08 - E B D - 2º TRIMESTRE

LIÇÃO 08 - O PODER DA VERDADEIRA PROFECIA

INTRODUÇÃO

Foi em períodos de crise como os do profeta Jeremias que as profecias do Antigo Testamento tiveram maior
florescimento. Toda a Bíblia, de maneira genérica, consiste de matéria profética. Sem profecia, o conhecimento de Deus
tornar-se-ia impossível. Jeremias foi um autêntico profeta de Deus, manteve-se fiel ao seu chamado, e combateu com toda
a veemência os falsos profetas que surgiram em seu tempo.

I-O que é profecia?

O termo profecia vem do lat. prophetia, e significa: revelação inspirada, sobrenatural e única do conhecimento e
da vontade de Deus. As profecias na atualidade, são parte dos dons espirituais manifestados na igreja de Cristo. Embora
válidas para consolação e edificação dos fiéis, não podem modificar qualquer doutrina esposada pelas Escrituras, pelo
contrário, devem passar pelo crivo da Bíblia Sagrada para serem recebidas na igreja (I Co 15.26-40).
A profecia bíblica tem dois objetivos básicos:
·Manifestar os fatos concernentes a Deus e as suas relações com a humanidade
·Declarar os seus decretos em momentos de crise espiritual, visando preservar as alianças e concertos estabelecidos
entre o Eterno e o seu povo

II-A função Profética

O termo profeta vem do hb. nabi, e do gr. prophetes. No A.T., era a pessoa devidamente autorizada e vocacionada
por Deus, para falar por Deus e em lugar de Deus (Ez 2.1-10). O profeta era um mestre incontestável quando sob a
inspiração do Espírito Santo, que preservava o conhecimento divino e revelava a vontade do Único e Verdadeiro Deus.
Vejamos algumas características do profeta no Antigo Testamento:
·Era alguém que tinha estreito relacionamento com Deus (Am 3.7)
·Por estar em sintonia com Deus, tinha uma melhor compreensão de sua vontade (Jr 6.11; 15.16,17; 20.9)
·Amava profundamente o povo, e almejava o melhor para a nação israelita (Ez 18.23)
·Advertia o povo contra a confiança na sabedoria, poder, riqueza, falsos deuses, etc. (Jr 8.9,10; Os 10.13,14)
·Tinha profunda sensibilidade ao estado pecaminoso do povo (Jr 2.12,13,19; Am 8.4-7; Mq 3.8)
·Desafiava constantemente a religiosidade superficial e oca do povo
·Tinha uma visão dos eventos futuros em termos de destruição e restauração (Jr 11.22,23; Jr 33)
·Sofriam perseguições e privações (Jr 14.17,18; 20.14-18; Am 7.10-13; Jr 15.15)

III- Os falsos profetas

Eram aqueles que prediziam paz, prosperidade, e segurança para o povo, quando este achava-se em pecado diante
de Deus (Jr 15.15; 20.1-6; 26.8-11; Am 5.10). Ao mesmo tempo, o profeta verdadeiro era conhecido como homem de
Deus. Há numerosas referências no A.T. aos falsos profetas. Por exemplo: quatrocentos deles foram reunidos pelo rei
Acabe (II Cr 18.4-7), um espírito mentiroso achava-se na boca destes (II Cr 18.18-22).
Segundo o Antigo Testamento o profeta era considerado falso se:
·Desviasse as pessoas do Deus verdadeiro para a idolatria (Dt 13.1-5)
·Praticasse advinhação, astrologia, feitiçaria, bruxaria, ou coisas semelhantes (Dt 18.10,11)
·Se suas profecias contrariassem as Escrituras (Dt 13.1-5)
·Se não denunciasse os pecados do povo (Jr 23.9-18)
·Se predissesse coisas específicas que não se cumprissem (Dt 18.20-22)

IV- Falsos profetas, sinal dos últimos tempos

Em Mt 24.11, Jesus disse que a medida que se aproximassem os últimos dias surgiriam muitos falsos mestres e
pregadores, pregando um evangelho misto, permissivo, e deturpado, no intuito de conduzir os incautos ao erro sob a égide de
novas “unções” e “revelações”. Estes falsos profetas, entraram na igreja a princípio pregando com ortodoxia para se firmarem,
mas, quando estabelecidos abandonaram-na. Um sinal para nossos dias, pois, certos “tele pregadores” começaram seus
ministérios pregando contra o pecado, a promiscuidade, e até mesmo contra a famigerada “teologia da prosperidade”, mas, ao
alcançarem fama em âmbito nacional e internacional, passaram à permissividade e se tornaram os maiores expoentes das falsas
teologias, vendendo bênçãos, profetizando mentiras, e auto intitulando-se profetas de Deus. Devemos estar atentos contra estes
lobos que só pensam em enriquecer, construindo impérios pessoais com a boa vontade e ingenuidade de seus “mantenedores”
ou “parceiros” ministeriais.

V- Como saber se uma profecia é verdadeira ou falsa?

As profecias podem provir de três fontes: de Deus, da mente humana, ou do diabo, obviamente, nem toda profecia vem
de Deus, ou o apóstolo João não teria escrito: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito: antes, provai os espíritos se
procedem de Deus, porque muitos falsos profetas tem saído pelo mundo afora.” (I Jo 4.1).
Há pelo menos nove princípios bíblicos para saber se uma profecia é verdadeira ou falsa:
·O propósito da profecia é edificar, exortar e confortar (I Co 14.3). Edificar é melhorar ou fortalecer, exortar é encorajar, e
confortar é consolar.
·A profecia deve estar de acordo com a Palavra de Deus! Todas as verdadeiras profecias vem do Espírito Santo que é o
autor da Bíblia. Qualquer mensagem que não coadune com a Bíblia deve ser rejeitada.
·A profecia deve produzir frutos e ser confirmada com conduta e caráter. Qualquer profecia que não é seguida de retidão e
justiça, é um espírito demoníaco de religiosidade. Alguém que profetiza e não tem palavra, vive em imoralidade, em
irresponsabilidade financeira, em mentira, ou coisas desta natureza é um falso profeta.
·Se uma profecia contém predições que não se realizam, é falsa. Em Dt 18.22 diz: “Quando o tal profeta falar em nome
do SENHOR, e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o SENHOR não falou; com
soberba a falou o tal profeta; não tenhas temor dele.”
·Se uma profecia se cumprir e promover a desobediência contra Deus ou à sua Palavra, não é uma profecia verdadeira. A
Bíblia diz em Dt 13.13: “Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti e te der um sinal ou
prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não
conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos, porquanto o SENHOR,
vosso Deus, vos prova, para saber se amais o SENHOR, vosso Deus, com todo o vosso coração e com toda a vossa
alma.”
·A verdadeira profecia produz liberdade, não escravidão. Em Rm 8.15 diz: “Porque não recebestes o espírito de
escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos:
Aba, Pai.” A verdadeira profecia trará liberdade, não escravidão. Qualquer forma de controle sobre outra pessoa por
intimidação, manipulação, ou domínio não vem de Deus.
·A verdadeira profecia produz avivamento. Quando inspirada pelo Espírito Santo, a profecia traz vida espiritual à reunião
dos crentes. Se uma profecia vem para destruir o culto de adoração, não é de Deus.
·A verdadeira profecia tem o testemunho veraz do Espírito Santo. Em I Jo 5.6b diz: “Este é aquele que veio por água e
sangue, isto é, Jesus Cristo; não só por água, mas por água e por sangue. E o Espírito é o que testifica, porque o
Espírito é a verdade.”
·Qualquer profecia que se cumpre, mas, não glorifica a Deus não é verdadeira.

Conclusão

Estamos vivendo dias proféticos, semelhantes aos de Jeremias, em que falsos profetas tem proliferado manifestados
pelo agente do erro, Satanás, que a qualquer custo quer enganar a Igreja do Deus Vivo através de falsos ensinos, heresias,
inovações doutrinárias, e “novas unções”, etc. Urge a necessidade do ensino bíblico e ortodoxo, para rechaçar os enganadores, e
conduzir o povo de Deus à santidade, à adoração, e ao avivamento, o qual é anelado por todos os verdadeiros cristãos ao redor
do mundo, que preparará a Noiva do Cordeiro, para o maior evento do cronograma divino: o Arrebatamento da Igreja!

REFERÊNCIAS:
·Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal – 2004 – CPAD
·Bíblia de Estudo das Profecias – 1ª Edição 2001 – ATOS
·Bíblia de Estudo Pentecostal – 1995 – CPAD
·Lições Bíblicas – Jovens e Adultos – 2000 à 2004 – CPAD
·Verdades Pentecostais – Antônio Gilberto – 2006 - CPAD

* postado inicialmente por: Rede Brasil de Comunicação

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